Publicado
1 ano atrásno
Por
Jussara Melo
Na tarde desta quinta-feira (16/11), no período da tarde, um quarto envolvido na morte da cantora Sara Mariano confessou o crime e detalhou a ação, durante depoimento cedido na Delegacia de Dias d’Ávila, que investiga o caso. Segundo a informação divulgada pela TV Bahia, Victor Gabriel Oliveira, de 24 anos, foi intimado ao longo das investigações e era esperado pela polícia.
De acordo com o advogado de defesa Marco Pavã, o cliente contou que estava no carro com Wesley de Jesus, também conhecido como Bispo Zadoque, e com Gideão Duarte, que dirigia o veículo. A defesa disse ainda que o cliente afirmava ser inocente e não ter tido participação no crime, até a última quarta (15), quando decidiu contar tudo.
Ainda segundo o advogado, o crime começou a ser arquitetado em setembro deste ano e tinha como mandante Ederlan Mariano, marido de Sara. O produtor teria sido motivado por mensagens indicando que a esposa estaria o traindo e pagou a Victor (R$500), Zadoque (R$900) e Gideão (R$600) a quantia de R$2 mil para cometerem o crime.
Além disso, também foi prometido investimento na carreira de cantor de Zadoque e R$15 mil a serem distribuídos entre o trio. Em áudios divulgados pela família, Sara Mariano chegou a contar para um parente que tinha R$15 mil guardado e que o marido sabia da existência do dinheiro, mas ele não sabia que o dinheiro estaria escondido nos sapatos dela. Após o crime, Gideão e Zadoque seguiram para rodoviária onde buscaram o cantor gospel Davi Oliveira, que se hospedou na casa do Bispo Zadoque. Em determinado momento, o Bispo resolveu contar para Davi sobre o crime e disse que o responsável era o marido, Ederlan. Na sequencia Davi começou a contar sobre problemas financeiros que estaria passando, o Bispo ficou comovido e deu R$200,00 do dinheiro que recebeu do mandante do crime para o cantor, que não teria participado do crime.
O inquérito policial deve revelar que a culpa dos suspeitos será confirmada pelo trajeto carro registrado pelo GPS, mensagens de texto e áudio entre os suspeitos e imagens de câmeras de segurança que captaram eles no carro e junto a Sara Mariano.
Conforme o relato de Victor Gabriel, ele teria segurado Sara Mariano enquanto Bispo Zadoque esfaqueava a cantora gospel. O suspeito não detalhou sobre quem teria incendiado o corpo da vítima, mas o advogado dele confirmou que Zadoque teria sido o culpado pela carbonização. A cantora lutou pela vida, tentado fugir e por isso Victor teria sido chamado para segurá-la, enquanto Gideão teria sido apenas o motorista.
A defesa detalhou ainda que Victor e o Bispo Zadoque se conheciam há cerca de três meses, por meio da igreja que frequentavam, na cidade de Camaçari, e que Ederlan não estava presente na hora do crime. Victor Gabriel foi liberado após depoimento.
O advogado Marco Pavã esclareceu que não havia mandado de prisão contra ele, possibilitando que responda em liberdade.
Conheça os suspeitos de envolvimento no crime que tirou a vida de Sara Mariano:
O Bispo Zadoque foi preso enquanto ministrava um culto. Ao delegado do caso, Dr. Euvaldo Costa, Zadoque confessou participação no crime e revelou passo a passo de como tudo aconteceu. Bispo Zadoque revelou ainda em detalhes a quantia recebida por ele e também pelos comparsas para tirar a vida da cantora Sara Mariano.
De acordo com informações da polícia, Bispo Zadoque e Ederlan Mariano, marido de Sara, teriam um envolvimento homoafetivo.
Gideão foi encontrado por policiais na casa onde mora, por voltadas 7h. Durante a investigação do caso, ele foi apontado como um motorista por aplicativo que teria feito uma corrida para Sara. O carro dirigido na ocasião não era dele, mas sim de um vizinho, o empresário Hugo Ricardo Cora, também conhecido na comunidade religiosa como “Apóstolo Hugo”.
O cantor Victor Gabriel se apresentou na delegacia e disse ao delegado Euvaldo Costa, que Ederlan Mariano pagou inicialmente R$ 2.000,00 pelo assassinato.
Na quinta-feira (16) durante o depoimento Victor também contou detalhes de como tudo aconteceu e “caguetou” todos os amigos envolvidos na morte de Sara Mariano.
Ainda de acordo com o delegado, o ex-marido de Sara, Ederlan Santos Mariano, figura como mandante do crime. “As investigações apontam que o ex-marido da vítima deu valores em dinheiro para os autores e promoções artísticas para o suposto líder religioso. As investigações continuam, para individualizar as condutas dos envolvidos e identificar a possibilidade de mais participações”.
Ederlan foi detido no dia 28 de outubro, quatro dias após o desaparecimento da vítima. Os delegados que atuam no caso afirmam que ele admitiu o crime. No entanto, a defesa de Ederlan nega.
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