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Nesta sexta-feira (17), a PF (Polícia Federal) confirmou que parte dos restos mortais encontrados no Vale do Javari, no Amazonas, são do jornalista britânico Dom Phillips.
O material passa por análise no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. Segundo a corporação, a identificação foi feita com base no exame dos dentes do jornalista.
“A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal combinado com a Antropologia Forense”, disse a PF em nota.
A corporação também disse que continua o trabalho para a “completa identificação” dos restos mortais encontrados no Amazonas, e para apontar a causa das mortes, além da dinâmica do crime e da ocultação dos corpos.
O avião com os restos mortais encontrados no local das buscas por Dom e pelo indigenista brasileiro Bruno Pereira chegou a Brasília no começo da noite de 5ª feira (16.jun.2022), por volta de 18h30.
Dom e Bruno foram vistos pela última vez em 5 de junho no Vale do Javari (AM), região próxima à fronteira com o Peru.
Duas pessoas já foram presas: os irmãos Oseney da Costa de Oliveira e Amarildo Oliveira da Costa. Amarildo confessou ter ajudado a ocultar os corpos, mas não a morte do jornalista e do indigenista.
Outros 2 suspeitos do desaparecimento do jornalista e do indigenista estão sendo investigados pela PF. A investigação é realizada em sigilo, e a identidade dos supostos envolvidos no crime não foi revelada. O número de suspeitos ainda pode aumentar.
Em comunicado feito na manhã desta 6ª feira (17.jun), a PF disse não haver indícios de um mandante ou o envolvimento de organizações criminosas na morte da dupla. As investigações apontam para possível participação de mais pessoas no assassinato. Também afirmou que as buscas pela embarcação usada por Dom e Bruno seguem com a ajuda de indígenas da região e integrantes da Unijava (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari).
A Unijvaja divulgou nota dizendo não concordar com a conclusão da PF de que não houve mandante.
Segundo a entidade, teriam sido enviados ao Ministério Público, à Polícia Federal e à Funai (Fundação Nacional do Índio) documentos com detalhes da organização criminosa que atuaria na região. Dom e Bruno teriam entrado na mira dos criminosos recebendo bilhetes anônimos com ameaças de morte.
Leia a íntegra da nota da PF, divulgada às 16h35 de 17.jun.2022:
“Manaus/AM – O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que a Polícia Federal, confirma que os remanescentes de Dom Phillips fazem parte do material que foi recolhido no local apontado pelo Sr. Amarildo da Costa Oliveira, que estão sendo periciados no Instituto Nacional de Criminalística.
“A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal combinado com a Antropologia Forense. Encontram-se em curso os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos.”
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