Publicado
3 anos atrásno
Por
Jussara Melo
Dados são da Companhia de Gás do Amazonas, responsável pela distribuição e comercialização do combustível no estado.
No primeiro quadrimestre do ano, o segmento industrial registrou aumento de 26,6% na média diária de consumo de gás natural (GN), em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), concessionária do serviço público de distribuição e comercialização do insumo no estado.
De janeiro a abril deste ano, a média de volume de GN demandado pelas empresas do parque fabril local foi de 145,9 mil metros cúbicos por dia (m³/dia). No quadrimestre inicial de 2020, a média do volume fornecido para as indústrias do PIM tinha sido de 115,3 mil de m³/dia.
A economia proporcionada pelo combustível é apontada como a principal razão deste desempenho; e comprovada por meio de estudo feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Levantamento de maio deste ano da ANP indica que o GN representa economia de até 55% para as indústrias, quando comparado aos demais combustíveis disponíveis no mercado amazonense.
Outro aspecto positivo é a variedade de aplicações do gás natural em indústrias, compreendendo desde a geração de energia elétrica e de vapor, aquecimento de fornos e secadores, climatização, cocção em refeitórios, até o uso como matéria-prima na geração de produtos e no abastecimento veicular. Por este motivo, é considerado um combustível de alto índice de eficiência.
Maior consumidora de gás natural do segmento industrial, a Placibrás da Amazônia, que atua no ramo de papel e embalagens, utilizando matéria-prima de origem vegetal e oriundas de processos sustentáveis, aplica o gás natural em seu processo de produção desde dezembro de 2019. De acordo com o diretor Industrial da empresa, Mário Estravate, a economia gerada com o uso do combustível tem sido considerável, por isso, ele frisa: “Aconselho e recomendo”.
Somando o desempenho do industrial com os dos demais segmentos beneficiados (termelétrico, comercial, residencial e veicular) com o gás natural distribuído pela Cigás, o volume médio comercializado de janeiro a abril de 2021 foi de 4,85 milhões de m³/dia.
Outros segmentos – Destaque ainda para o segmento residencial que apresentou avanço de 176,6% nos comparativos dos quatro primeiros meses deste ano com os de 2020, alcançando 828 m³/dia (média). Os segmentos comercial e veicular demandaram volume médio diário de 2,3 mil e 11,2 mil m³/dia, respectivamente, no mesmo período de 2021.
Enquanto o termelétrico permaneceu no mesmo patamar do primeiro quadrimestre do ano passado, registrando 4,69 milhões de m³/dia de janeiro a abril deste ano. Ressalte-se que o gás natural, fornecido para este segmento pela Companhia, é usado na geração de energia elétrica na capital e nos municípios de Anamã, Anori, Caapiranga, Coari e Codajás.
O diretor-presidente da Cigás, René Levy Aguiar, ressalta que, apesar dos impactos econômicos da pandemia da Covid-19 ainda sentidos, a Companhia tem ampliado gradualmente o número de unidades consumidoras beneficiadas com o gás natural e, assim, contribuído para a retomada do desenvolvimento socioeconômico do Amazonas.
Sobre a Cigás – Concessionária de serviço público, a Companhia de Gás do Amazonas atua na distribuição e comercialização de gás natural, sendo que já ultrapassou a marca de 5,6 mil unidades consumidoras. A extensão da Rede de Distribuição de Gás Natural (RDGN) atingiu 162 quilômetros. Até 2025, a rede de distribuição deve alcançar 310 quilômetros e a Cigás deve atingir a marca de 21 mil unidades consumidoras contratadas.
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