Foto: Divulgação
Quatro crianças, uma delas autista, foram resgatadas sob condições de maus-tratos dentro de casa na cidade de Barra de São Francisco, região Noroeste do Estado.
Os pais foram autuados em flagrante por maus-tratos e cárcere privado, mas receberam alvará de soltura após audiência de custódia. As crianças possuem 12, 10, 6 e 4 anos.
O caso aconteceu no último dia 29 de agosto. A Polícia Militar (PM) foi acionada pelo Conselho Tutelar do município para fazer o acompanhamento até uma residência do bairro Irmãos Fernandes, após a denúncia de que um casal estaria mantendo crianças em condições sub-humanas e em cárcere privado.
No local, verificaram que havia muita sujeira e fezes de animais dentro da casa. As crianças informaram aos militares que estavam sem se alimentar há vários dias e que só ficavam dentro de casa.
Conforme consta no termo de audiência de custódia, um dos conselheiros relatou que as crianças aparentavam não tomar banho há muito tempo, estavam muito magras e com piolhos.
Relatou também que uma das crianças mais novas não conseguia andar de tanta fraqueza.
Diante disso, foi prestado socorro médico às crianças, que depois foram levadas para um abrigo, e os pais conduzidos à delegacia do município.
Escola: “Criança mal parava em pé de fraqueza”
A denúncia chegou ao Conselho Tutelar por meio da diretora da escola em que uma das crianças estuda. Ela teria feito contato com o pai da criança informando a necessidade de realizar uma prova de forma presencial.
De acordo com a diretora, o pai apresentou resistência, mas levou a criança para a escola depois de muita insistência. Ainda segundo a diretora, o pai ficou a todo momento ao lado da criança, que aparentava ter medo dele.
Ainda segundo o termo, os professores fizeram algumas perguntas e a criança apresentou algumas respostas prontas. Diante disso, os docentes conseguiram uma reunião reservada com a criança.
Durante o encontro, a diretora observou que a criança parecia estar sofrendo pressão psicológica e “mal parava em pé de fraqueza”. Após isso, a diretora entrou em contato com o conselho.
Uma das conselheiras foi até a residência para tentar conversar com as crianças. Três delas foram levadas até a sede do conselho tutelar para serem ouvidas. Apenas a mais nova, que é autista, não foi levada.
PM flagrou criança autista comendo fezes de cachorro
Após o depoimento das crianças, a PM foi acionada para ir até a casa e levar a criança mais nova também. Os militares informaram que ao chegarem no local, encontraram a criança comendo um pedaço de fezes de cachorro.
A médica que atendeu as crianças informou que elas apresentavam características de cativeiro com unhas grandes e sujas, muita sujeira pelo corpo, piolho e dentes podres.
Veja as imagens do local onde as crianças eram mantidas:
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Fonte: Folha Vitória