O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado David Almeida (PSB), ex-candidato ao Governo do Amazonas, declarou na noite desta segunda-feira (8) neutralidade no segundo turno das Eleições 2018. David, que estava candidato pela coligação Renova Amazonas, encerrou a sua participação no pleito com 417.203 mil votos válidos, o equivalente a 23,59%.
Por meio de uma live na sua página do Facebook, após reunião com amigos e apoiadore, na sede do comitê da campanha, David afirmou que não será incoerente diante de tudo aquilo que fez antes e durante a eleição. “O povo decidiu que eu não passasse para o segundo turno. Eu combato as ideias e políticas públicas implementadas pelo Amazonino. Seria incoerente eu ficar ao lado dele”, disse.
O deputado lembrou que, no primeiro turno, também combateu o despreparo, a falta de conhecimento e a falta de experiência política e de gestão do candidato Wilson Lima, por isso, também, não vai declarar apoio a ele. “Eu avisei que era um voo no escuro e que o Amazonas não estava preparado para uma aventura e agora eu não posso declarar apoio da minha parte”, afirmou.
David lembrou, ainda, que, no ano passado, quando apoiou Rebecca Garcia para eleição suplementar, ele manteve a coerência e não declarou apoio a nenhum dos outros dois candidatos que passaram para o segundo turno. “Ano passado eu disse não. Eu não concordava com Amazonino. Neste ano eu continuo não concordando com Amazonino. Eu acredito que tenho as melhores propostas e soluções para os problemas do Amazonas. Eu não quero resolver os problemas da minha vida, sim do Amazonas. E os dois candidatos que passaram para o segundo turno não terão de mim o apoio”, declarou.
Em terceiro no pleito, vencendo em nove dos 61 municípios, ficou em segundo em 37, terceiro em 14 e quarto em apenas um, David disse que consultou as suas bases e os seus apoiadores, para tomar a decisão de ficar do lado do povo. “Ele [o povo] optou que eu ficasse de fora, e cada um que escolha o seu candidato. Amazonino sinceramente não dá, Wilson é uma aventura. Estou preocupado, porque, se fosse na iniciativa privada, o funcionário passa pelo estágio probatório; se ele não estiver rendendo, ele fica de fora. Só que o governo do Estado não é uma empresa, são quatro anos de sofrimento. Não me sinto representado pelos dois candidatos que estão aí. Eu decido pela neutralidade, após consultar as minhas bases, os meus apoiadores. Vou cuidar da minha família, da minha esposa. Eu vou analisar os candidatos, eu não vou anular o meu voto. – votarei no menos ruim -, porém, com todo respeito aos dois, eu não me sinto à vontade para apoiá-los”, salientou.