Seja por necessidade ou pela maior praticidade no dia a dia, ter o carro próprio é o sonho de muitos brasileiros. Mas, depois da compra é preciso continuar investindo no bem adquirido, tanto para sua manutenção quanto para seu cuidado.
Um item importante, mas deixado de lado por vários motoristas é o seguro auto. Isso porque em muitos casos não é necessário acionar o seguro, e o dinheiro das parcelas termina sendo percebido como um gasto. O valor real do seguro só é percebido quando o proprietário sofre um acidente ou tem o carro roubado, por exemplo.Atualmen
te apenas 30% da frota de veículos possui um seguro e um dos principais motivos para isso é a idade do veículo e o prêmio do seguro (quantia que o segurado deve pagar pelo contrato do serviço, que em geral é de um ano).
Procurando entender a motivação para que o proprietário de um veículo contrate um seguro, uma pequena pesquisa da Opinion Box (menos de 500 pessoas participaram) revela que o principal motivo para não contratarem um seguro para seu carro é o preço. Pois 59% dos entrevistados afirmaram que contratariam um seguro no caso de encontrar um serviço mais barato.
Mas também outros motivos são indicados pelos entrevistados, 16% afirma que ao usar pouco o veículo não consideram necessário contar com este tipo de proteção, dado que os riscos aos que se expõem são menores.
Outros fatores que pesam na hora de decidir contratar um seguro ou não, são as consequências provocadas pela pandemia, como o desemprego, por exemplo. Mesmo encontrando opções mais econômicas, para muitos é melhor cortar gastos e manter um orçamento enxuto.
Entre os 412 entrevistados, dos quais 90% dos entrevistados possuem apenas um veículo e rodam menos de 300 km por semana, 52% possuem veículos fabricados entre 2005 e 2014, isto é, modelos que têm entre 8 e 17 anos.
Em geral, as seguradoras não oferecem serviços para veículos que possuem mais de 10 anos, pois os gastos diante de reparações ou para realizar indenizações podem ser muito altos, e o negócio não compensa.
Apenas 26% dos participantes da pesquisa possuem modelos de 2015 em diante, isto é, carros que poderiam ter seguros e encontrariam proposta convenientes em relação ao custo-benefício do serviço.
De acordo com os entrevistados, o principal uso dos veículos são as atividades do dia a dia, como fazer as compras (81%) e passear (74%). Cerca de 60% utilizam seu veículo para ir ao trabalho ou como ferramenta para obter seus recursos (9% são motoristas).
Apesar de que 9% dos entrevistados não têm nenhuma preocupação em relação a circular sem um seguro, 32% têm medo de sofrer um roubo e 12% um furto. Ficar sem o seu veículo é um importante transtorno, principalmente para quem está acostumado a usá-lo com frequência.
Em segundo lugar fica o medo de colidir com outro veículo, este tipo de incidente foi citado por 19% dos entrevistados. Com menor percentual as motivações pelas quais os proprietários de veículos contratariam um seguro seria pelo medo de atropelar algum pedestre (16%) e colidir com o próprio veículo (11%).
De acordo com a pesquisa o maior medo de quem não tem seguro de carro são os roubos / Foto : Divulgação