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6 anos atrásno
O Portal No Amazonas é Assim recebeu uma denuncia na manhã desta quarta-feira (06) contando que a Maternidade Balbina Mestrinho, localizada na Praça 14, zona Sul da Capital não está realizando cirurgias, por conta de 8 bebês recém-nascidos que encontram-se internados com H1N1.
Os bebês estariam utilizando as salas de cirurgia para serem tratados por apenas 1 enfermeira. As imagens mostram os bebês dentro de encubadoras sendo cuidados em uma sala improvisada por não ter espaço na maternidade.
A denúncia ocorreu após a visita do Governador do Estado Wilson Lima, na manhã de ontem (05), que apenas verificou o estoque de medicamentos. “Vim para ver principalmente o estoque de medicamentos. A gente conseguiu, praticamente, dobrar a capacidade do que a tinha no mês de janeiro. Claro que ainda falta uma quantidade significativa para ser reposta, mas a gente está trabalhando para que isso efetivamente aconteça”, afirmou.
O governador também foi verificar as obras do Centro de Parto Normal Intra-hospitalar (CPNI), que está com 90% concluído e deve ser inaugurado ainda nesse semestre. Assim que o setor for inaugurado com quatro leitos, sendo dois equipados com banheiras para o parto na água, a unidade será a primeira da Região Norte com este tipo de serviço.
A Secretaria de Estado da Saúde mandou uma nota confirmando que precisou utilizar uma sala de centro obstétrico para cumprir isolamento respiratório para pacientes com suspeita de H1N1, enquanto estes são remanejados para leitos de isolamento em outras unidades. A medida se faz necessária devido ao aumento de atendimento de gestantes com síndrome gripal e para garantir a segurança dos recém nascidos.
A nota continua, dizendo que em nenhum momento houve suspensão de partos por conta dessa ação. A medida não impede que os partos sejam realizados na outra sala cirúrgica. Uma nova sala cirúrgica, que estava fechada há algum tempo por falta de equipamentos, está sendo equipada para ser reaberta ainda esta semana. E neste período sazonal estamos ainda atendendo e regulando aos hospitais de referência os casos suspeitos de H1N1.
Superlotação
Em visita do Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam), no último dia 26 de fevereiro, foi constatada uma superlotação de recém-nascidos e adequação de bebês em lugares improvisados, entre outras irregularidades. Segundo o presidente do Cremam, José Bernardes Sobrinho, o MP fechou 5 leitos e foi necessário uma adaptação.
“Antes, a maternidade possuía 15 leitos de UTI neo, mas o Ministério Público do Estado fechou cinco, pois estavam em condições inadequadas. O problema só foi transferido porque a maternidade foi obrigada a montar verdadeiras UTIs nos centros cirúrgicos”, informou.
O presidente do Creman disse na época que “funcionam três salas cirúrgicas, sendo uma delas ocupada por quatro recém-nascidos, que necessitam de cuidados especiais e a outra ocupada com um recém- nascido em isolamento respiratório com suspeita de H1N1”, informou.
Sobrinho também destacou que não tinha nenhuma sala livre e, por isso, para que fosse possível realizar cirurgia, houve a decisão de deixar um recém-nascido no berço do pré-parto para desocupar pelo menos uma sala para que fossem realizadas as cirurgias de emergência.
Até o fechamento dessa matéria, o Ministério Público do Estado não enviou nota falando sobre o fechamento desses leitos de UTI, nem se há alguma reabertura nos leitos encerrados.
Já a Susam disse que é possível que em momentos de pico a maternidade registre superlotação, devido a alta procura. Por ser uma maternidade de portas abertas e contra peregrinação da gestante, conforme normativa do Ministério da Saúde, acolhe todas, oferecendo acompanhamento de pré-parto, parto e pós-parto. Quando ocorre a alta demanda, o núcleo interno de regulação recebe os perfis das pacientes que podem e aceitam serem transferidas via Central de Regulação para outras Maternidades da Rede.
Confira os vídeos do local:
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