Finalmente foram encontrados os três homens desaparecidos na reserva indígena Tenharim, em Humaitá (distante 675 quilômetros de Manaus) no sul do Amazonas. A busca chegou ao fim após 40 dias. Por volta das 16h da tarde de ontem (3), o único cachorro do Corpo de Policiamento do Estado do Amazonas (CPE-AM) encontrou três corpos em uma vala, próximo ao KM-180 da BR-230 (Transamazônica). A polícia suspeita que os corpos sejam dos desaparecidos. As informações são do tenente Jean Max.
Os corpos, que atualmente passam por perícia, estavam em estado de decomposição, e, segundo as primeiras impressões dos policiais, tinham sinais de perfurações por arma de fogo.
O cachorro se chama Hórus, é da raça Labrador e tem sete anos de idade.
“Essa história de que eles foram decapitados e sofreram tortura é conversa. Na perícia primária, ainda dava para identificar os homens, e estes apenas apresentavam sinais de perfuração por bala”, revelou o tenente, comandante da tropa especializada do CPE-AM, na Operação Humaitá.
Por volta das 5h da manhã de ontem (3), segundo explicou o tenente, a Polícia Federal pediu apoio para continuar as buscas pelos desaparecidos. Após o fim da procura diária, o soldado Félix, conforme contou o tenente Max, seguiu pela área com o cão chamado Hórus, da raça labrador, de sete anos, e encontrou os corpos em uma vala com aproximadamente 2 metros de profundidade.
Corpos levados a Porto Velho
Conforme nota enviada pela Polícia Federal de Rondônia, os cadáveres foram retirados do local e levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Porto Velho (RO), com o objetivo de reconhecimento por parte de familiares e realização de exames necessários para saber a causa da morte.
Segundo Max, atualmente 225 policiais militares estão em Humaitá para evitar novos conflitos. “A cidade está tranquila, mas estamos de prontidão para evitar novos conflitos, por conta dos corpos encontrados. Há 30 dias não aparece um índio por aqui”.
O professor Stef Souza, de 43 anos, o técnico da Eletrobras Amazonas Energia, Aldeney Salvador, 40 anos, e o representante comercial Luciano Freire, 30 anos, estavam desaparecidos desde o dia 16 de dezembro de 2013, quando foram vistos pela última vez próximo a reserva indígena Tenharim-Marmelo.
Na última sexta-feira, cinco índios Tenharim foram presos pela Polícia Federal por suspeita de terem matado os desaparecidos. Os índios estão no Presídio Pandinha, em Porto Velho.
Fonte :
D24