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Manaus, AM, quinta, 30 de janeiro de 2025

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Escorpiões se proliferam e picam cada vez mais, saiba como se proteger

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São pequenos, entre 10 e 12 cm, discretos, noturnos e tímidos, preferindo se esconder em lugares escuros e úmidos, como pilhas de entulhos, frestas em casas, roupas e calçados.

Porém quem pisar neles terá uma experiência muito dolorosa e desagradável. Os escorpiões são aracnídeos, que compreendem cerca de 2 mil espécies no mundo e 130 no Brasil, das quais apenas quatro são responsáveis pela maior parte dos ataques a humanos no país – que não são poucos e vêm crescendo.

Escorpiões se proliferam e picam cada vez mais, saiba como se proteger - Imagem: Divulgação

Escorpiões se proliferam e picam cada vez mais, saiba como se proteger – Imagem: Divulgação

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2016 o número de vítimas de picadas desses animais cresceu 628,8%, passando de 12.552 para 91.485. O aumento do número de mortes foi maior ainda, 853,8%, saltando de 13 para 124, geralmente crianças ou idosos, no mesmo período.

A quase totalidade desses acidentes é causada pelas quatro espécies mais conhecidas: escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), escorpião-amarelo-do-nordeste ou escorpião-do-nordeste (Tityus stigmurus), escorpião-preto (Tityus bahiensis) e escorpião-grande (Tityus obscurus). Segundo a bióloga Denise Candido, do Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan, entre e 80% e 90% das picadas registradas no Brasil são das duas primeiras dessas quatro espécies.

As causas para o aumento do número de acidentes envolvendo escorpiões está relacionado ao crescimento populacional da espécie, que se adaptou muito bem ao ambiente urbano, onde encontra abrigo, alimento, e pouco inimigos naturais.

O aumento do número de escorpiões e, consequentemente, os acidentes, se deve ao crescimento urbano desordenado, com as cidades se expandindo a custa de desmatamentos.

Além disso, o escorpião-amarelo e escorpião-amarelo-do-nordeste têm como característica peculiar a reprodução por partenogênese, ou seja, sem machos, sem a necessidade de que os óvulos das fêmeas seja fecundados pelo esperma de um indivíduo do sexo masculino.

Veneno

Os escorpiões são animais de hábitos noturnos, que procuram esconderijos durante o dia. Nas cidades, podem ficar escondidos em panos úmidos, dentro de sapatos, embaixo ou atrás de uma estante ou numa fresta. O perigo é a pessoa não vê o animal e acabar tocando-o com a mão ou pisando nele, que para se defender acaba picando.

Quando acontece a picada o animal injeta na vítima um veneno neurotóxico, que age no sistema nervoso e provoca sempre muita dor, a princípio no local da picada, e na sequência, vai se espalhando para todo corpo.

Os sintomas dos pacientes pode ser dividido em três categorias: leve (dor local suportável, queimação, formigamento), moderado (dor muito forte, náuseas, vômitos às vezes, respiração acelerada, taquicardia, salivação e sudorese), e grave (sintomas mais intensos, prostração, convulsão, coma, insuficiência cardíaca, edema pulmonar).

A evolução para um quadro mais grave pode ser muito rápida – algo como uma ou duas horas. Por isso, o atendimento imediato é fundamental, principalmente para crianças, que são as vítimas que geralmente apresentam o terceiro quadro de sintomas (grave).

Tratamento

Em Manaus, o tratamento para o ataques de escorpiões ( também cobras e aranhas) após o diagnóstico, é realizado somente da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira
Dourado (FMT/HVD), por meio da administração do soro antiveneno.

Prevenção

Para evitar contato com escorpiões e o consequente risco de picadas, o recomendável é manter esses animais longe das residências.

Deve-se evitar o acúmulo de lixo e mantê-lo bem armazenado e fechado, além de vedar ralos, frestas, soleiras de portas, afastar as camas das paredes e evitar que cobertas, lençóis e colchas encostem no chão, porque eles podem subir por elas.

Escorpiões se proliferam e picam cada vez mais, saiba como se proteger - Imagem: Divulgação

Escorpiões se proliferam e picam cada vez mais, saiba como se proteger – Imagem: Divulgação

 

 

 

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Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

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