Parece um enredo de filme. Um homem preso acaba na mesma cela que o criminoso que atacou sua irmãzinha e cumpria sentença por abuso infantil, estupro de menor e posse de material contendo pedofilia. Dada a coincidência, agrediu o companheiro de cela até a morte como vingança.
“Eu estava em choque. Eu estava tipo, ‘mas que diabos?’. Isso não acontece. Você está falando da mesma instituição, a mesma unidade, o mesmo pavilhão e a mesma cela que esse cara. Isso é como ganhar no cassino sete vezes”, disse Shane ao jornal KHQ em uma entrevista antes de receber a sentença, que acontecerá nesta terça-feira.
Assumindo a culpa pelas agressões e pela morte do companheiro de cela, Shane Goldsby disse em sua defesa que a situação não foi coincidência e teria sido organizada pelos carcereiros do Centro Correcional Airway Heights. A polícia de Washintgon defende seus agentes e alega que uma investigação atestou que eles não tinham conhecimento de tamanha coincidência.
De acordo com os autos do processo, o estuprador condenado “morreu depois que Goldbsy atingiu Munger no rosto e na área da cabeça cerca de 14 vezes, (pisoteou) em sua cabeça pelo menos quatro vezes e (chutou) mais algumas vezes antes de se afastar e ser levado sob custódia pelos carcereiros”.
Shane vive entre a vida no cárcere e em liberdade há anos por conta de incidentes violentos, como o em que roubou um carro da polícia e acabou ferindo um agente em um acidente durante sua fuga. Ele admitiu também ter entrado em pelo menos 20 lutas corporais contra vários agentes penitenciários, o que o levou a ser transferido de vários presídios até, em junho de 2020, receber como destino o Centro Correcional de Airway Heights – e para a mesma cela de Munger.