Na última quinta-feira (4/1), Beatriz Matos, antropóloga e viúva do indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022 junto ao jornalista britânico Dom Phillips, anunciou uma vaquinha online. O objetivo é angariar fundos para o tratamento do filho do casal, Pedro, de apenas 5 anos, que enfrenta um diagnóstico de câncer agressivo.
Bruno Pereira e a esposa – Imagem: Divulgação
Pedro foi diagnosticado no ano passado com neuroblastoma estágio 4, um tipo de câncer extremamente agressivo. Após 5 meses de quimioterapia em hospital público, a luta agora é para evitar que o câncer se espalhe. O tratamento necessário é um medicamento caro, não oferecido pelo SUS e precisa ser importado.
A campanha já alcançou quase R$ 1 milhão em menos de 24 horas, com a colaboração de mais de 10 mil apoiadores. A meta é chegar a R$ 2 milhões. Beatriz Matos, atual diretora do Departamento de Proteção Territorial e de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato, também destaca a história de luta de Bruno Pereira, assassinado por sua atuação firme contra a pesca e o garimpo ilegal na Floresta Amazônica.
“Pedro é filho de Bruno Pereira, um dos indigenistas mais combativos do Brasil, assassinado covardemente em junho de 2022. Um crime que comoveu o mundo e indignou o país. Agora, a batalha do Pedro, o filho do Bruno e da antropóloga Beatriz de Almeida Matos, é pela vida. E o Brasil pode salvar o Pedro.”
Relembre o caso: Bruno e Dom foram assassinados a tiros em junho de 2022, após uma emboscada, quando voltavam de uma viagem pelo rio Itacoaí. O indigenista Bruno Pereira, que acompanhava o jornalista britânico, era constantemente ameaçado por seu trabalho contra invasores na região, como pescadores, garimpeiros e madeireiros.
A investigação aponta para a possibilidade de um esquema de lavagem de dinheiro para o narcotráfico, relacionado ao desaparecimento da dupla. Bruno Pereira havia feito apreensões de peixes utilizados no esquema de lavagem de dinheiro, contrariando os interesses de “Colômbia”, acusado de liderar uma organização criminosa que usava a pesca ilegal na tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru para lavar dinheiro do narcotráfico.
A vaquinha continua, e a esperança é de que o apoio da sociedade possa garantir o tratamento necessário para a recuperação de Pedro. Cada contribuição é um passo crucial para salvar a vida do filho do indigenista Bruno Pereira.
Para contribuir com a vaquinha acesse o link : #SalvePedro
Imagem: Divulgação