O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu, na última terça-feira (5), mandados de busca e apreensão contra dois suspeitos de sonegação de impostos. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), as ações judiciais foram cumpridas nas casas de dois investigados, em Curitiba, bem como o bloqueio de bens em até R$ 5,866 milhões dos suspeitos e determinado o confisco de uma pousada de luxo na cidade de Presidente Figueiredo, no Amazonas.
Um dos alvos da ação é um empresário já denunciado pelo MP-PR por supressão de tributos, falsificação e uso de documento falso e participação em organização criminosa. Em setembro de 2020, quando foi deflagrada a operação, ele foi preso temporariamente, depois recebeu o benefício de usar tornozeleira eletrônica, mas seguiu com a prática delituosa, sendo preso novamente em março de 2021, tendo sido posteriormente liberado por decisão do Tribunal de Justiça.
Na ação desta semana foram apreendidos no total R$ 302.565 em espécie, além de US$ 2.369 e € 500. Em uma das casas, o dinheiro estava escondido no suporte de luz de um banheiro. As ordens de busca e apreensão, o bloqueio de bens e o sequestro da empresa no Amazonas foram expedidas pelo Juízo da 3ª Vara Criminal da capital.
Prisão
As investigações do Gaeco indicaram que, a partir de um “laranja”, o empresário utilizou o dinheiro decorrente de sonegação para adquirir e remodelar inteiramente a pousada.
Parte da transferência do dinheiro entre ele e o “laranja” – também empresário e que foi preso em flagrante na ação de ontem, por porte de arma e munições sem registro – saiu da conta corrente de empresas de fachada, utilizadas para sonegar tributos. Estima-se a participação de, pelo menos, 57 empresas no esquema de sonegação, de vários estados, principalmente de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no setor de reciclagem de metais.
Dinheiro apreendido pelo Gaeco (Divulgação Gaeco)