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7 anos atrásno
A paralisação dos profissionais da educação no Amazonas segue sem data definida para terminar. Um dos principais motivos é em relação aos salários congelados desde 2014, além da distribuição do Fundeb para os educadores.
Os trabalhadores em educação do Estado do Amazonas estão em greve, seguindo a decisão tomada em assembleia geral na última quinta-feira, 22. A greve começou a tornar-se realidade na segunda feira, 19, quando cerca de dez mil professores paralisaram as aulas em Manaus e cerca de dois mil no restante do estado, abrangendo cerca de 46% da categoria.
É uma greve local e pela base, sem medo das pressões, das ameaças de corte de salário, nada. Apenas foi decidido que não iriam mais voltar para a sala de aula sem um reajuste digno para a categoria. A partir daí o movimento ganhou corpo, e atualmente já passa dos 80% das escolas em todo o Estado do Amazonas que estão paralisadas.
Desde o início do ano que o atual governador Amazonino Mendes (PDT) vem prometendo cumprir com a data base dos professores, garantindo que daria um reajuste adequado à categoria depois desses quatro anos de arrocho. Os cálculos do sindicato contabilizavam uma perda de 30% do salário, mais 5% de aumento real e o pedido da categoria era de 35%. No dia 14/03, o governador apresentou sua proposta: 4,57% de reajuste. Um deboche! Seria completamente vergonhoso para a categoria aceitar essa humilhação, o que deflagrou esse movimento de revolta.
A última greve da educação estadual no Amazonas foi em 2005 – há treze anos, durante o mandato do então governador Eduardo Braga naquela época do PPS.
Hoje mais de 80% das escolas do estado estão paradas. De São Gabriel da Cachoeira a Apuí, de Parintins a Atalaia do Norte o movimento se espalha e cresce. Parte da imprensa marrom já começa a discursar contra e a divulgar as justificativas repassadas pelo Palácio do Governo, como de praxe. O próprio governador visitou algumas cidades do interior para tentar impor aos trabalhadores o seu discurso, mas não deu certo. Em seguida acionou a Justiça contra a greve.
Os trabalhadores em educação do Amazonas mostraram que estão cansados de mentiras, que não querem aumento só em auxílios e gratificações, mas aumento no salário, para garantir ganhos reais também aos aposentados e profissionais afastados por licença. Em Boa Vista do Ramos o governador foi vaiado e em Parintins ouviu o grito que se espalha pelo Amazonas: NÃO TEM ARREGO!
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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