O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo revelou a causa da morte das 63 vítimas do voo 2283 da Voepass, que caiu em Vinhedo (SP) na última sexta-feira, foi politraumatismo.
Vladimir dos Reis, diretor do IML, disse em entrevista coletiva que todos morreram de forma instantânea, “no momento em que a aeronave tocou no chão”, e que aquelas que sofreram queimaduras foi já após o óbito. As informações foram divulgadas na última segunda-feira (12/8).
Segundo informações da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico (SBTO), o quadro de politraumatismo é caracterizado por “múltiplas lesões causadas ao corpo por forças externas, de natureza física ou química, como impactos ou queimaduras”.
“Esse tipo de trauma ocorre com frequência em situações que envolvem a transmissão de grandes quantidades de energia cinética, como acidentes de alta velocidade, atropelamentos ou desastres aéreos”, explica o especialista no atendimento a vítimas de situações extremas Milton Steinman, cirurgião-geral da equipe de Trauma do Hospital Albert Einstein em São Paulo.
O politrauma pode acometer órgãos vitais e diversos sistemas do corpo humano. Mas apenas nos casos extremos, como devido ao impacto de uma aeronave no solo, leva a óbito.
Fratura de ossos, lesões cerebrais, hemorragias, amputações e lesões na coluna são os ferimentos mais comuns que ocorrem nesses casos, segundo a Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico.
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