O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou que, sem a reforma da Previdência, o país terá que aumentar a carga tributária ou cortar gastos em outras áreas. Segundo ele, ao analisar o assunto, é preciso considerar não só o quadro atual, mas o cenário no futuro.
Caetano disse que o país passa por processo “rápido” de envelhecimento.
Ainda segundo o secretário, enquanto hoje os valores pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) consomem 8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos no país), em 2060 esse percentual deve atingir entre 17% e 18% do PIB.
O secretário também rebateu a afirmação de que não existe déficit da Previdência. Alguns especialistas e entidades, como a Associação Nacional dos Auditores Fiscais e da Receita Federal do Brasil (Anfip) argumentam que as contas da Previdência devem ser consideradas no contexto da seguridade social, sistema que também abrange a saúde e a assistência social e tem fontes próprias de financiamento. Entre essas fontes estão recursos das loterias federais, por exemplo.
Caetano disse que esses recursos são inteiramente consumidos pela seguridade e ainda drenados pela Previdência. De acordo com secretário, a proposta do governo inclui, inclusive, a classe política. Ele lembrou, contudo, que bombeiros e policiais militares e membros das Forças Armadas não estão incluídos na proposta de reforma em tramitação no Congresso.
Marcelo Caetano rebateu a afirmação de que não existe déficit da Previdência no paísFábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fonte: Agencia Brasil