Nos EUA, uma bebê nasceu com anticorpos contra covid-19 após a mãe ser vacinada quando estava grávida. O caso é inédito, segundo os pesquisadores da Flórida, e foi publicado na plataforma medRvix, no dia 5 de fevereiro deste ano. O estudo preliminar ainda não foi revisado por outros cientistas.
A mulher, uma profissional de saúde, recebeu a vacina da Moderna, que utiliza tecnologia mRNA, três semanas antes do parto normal. Inclusive, a mãe já tomou a segunda dose da vacina.
“Demonstramos que os anticorpos IgG contra SARS-CoV-2 são detectáveis em uma amostra de sangue do cordão umbilical de um recém-nascido após uma única dose da vacina Moderna. Assim, há potencial para proteção e redução do risco de infecção de SARS-CoV-2 com a vacinação materna”, escreveram os cientistas no estudo.
De acordo com a publicação, a eficácia protetora da vacina em recém-nascidos e o momento ideal de vacinação em grávidas permanecem desconhecidos.
Além disso, os pesquisadores afirmam que mais estudos são necessários para entender a quantidade de anticorpos neutralizantes virais presentes em bebês nascidos de mães que foram vacinadas antes do parto e que não tiveram covid-19. Os cientistas também explicam que a duração da proteção do anticorpo ainda é desconhecida.
“Pedimos para outros investigadores que criem registros de gravidez e amamentação, assim como conduzam estudos de eficácia e segurança das vacinas de covid-19 em mulheres grávidas, lactantes e seus filhos”, disseram.
Vacinação de gestantes contra a Covid-19 deve considerar quatro fatores
- O nível de potencial contaminação do vírus na comunidade;
- A potencial eficácia da vacina;
- O risco e a potencial gravidade da doença nas mulheres, inclusive os efeitos no feto e no recém-nascido;
- A segurança da vacina tanto para a mãe quanto para o bebê.
Estudo ainda não foi revisado por outros cientistas Imagem: Divulgação