Na manhã desta quinta-feira (18/5) a irmã do senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves (MG) foi presa pela Polícia Federal. A corporação informou que, por volta das 8h30, cumpriu um mandado de prisão contra a jornalista Andrea Neves, localizada em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo informações da PF, ela, que é uma das principais assessoras do parlamentar, já tinha comprado passagens com destino a Londres.
No Rio de Janeiro, um chaveiro foi acionado para os agentes cumprirem o mandado de busca e apreensão no apartamento dela em Copacabana, na zona sul.
A PF e o Ministério Público Federal (MPF) realizam a Operação Patmos no âmbito da Lava Jato, em Brasília, Belo Horizonte e na capital fluminense. O alvo é o senador, Andrea; e Altair Alves, considerado braço direito do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB).
A ação tem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou os afastamentos do tucano do mandato de senador e de Rocha Loures (PMDB-PR) do de deputado federal.
A operação ocorreu um dia depois de a delação de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, revelar que o Aécio teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Lava Jato.
Em abril, a Andrea Neves chorou em um vídeo gravado por ela no qual rebate a acusação de que teria recebido propina da Odebrecht em uma conta bancária nos Estados Unidos. “Pra mim, como disse meu irmão ontem à noite, pouco interessa agora quem mentiu, quem é o mentiroso, se o delator ou a fonte da revista. O que interessa é a mentira. Eu não sei o que está acontecendo para tanto ódio e tanta irresponsabilidade, atacar de forma tão covarde a vida das pessoas”, disse Andrea.
Aécio Neves e, Andrea Neves – Imagem de divulgação