A insatisfação com os políticos brasileiros só tem aumentado nos últimos anos, após inúmeros escândalos de corrupção e desrespeito ao povo. Durante os protestos que levaram milhares de pessoas para as ruas, uma nova geração surgiu e vem surpreendendo justamente esse público mais insatisfeito.
Num momento em que o país, especialmente o Amazonas, atravessa uma turbulência generalizada no campo político, com falta de representatividade para os mais jovens e uma crise ético-moral que domina o parlamento, o envolvimento de jovens nesse cenário tem sido uma luz no fim do túnel na busca de uma mudança do status quo de se fazer política no Amazonas.
No Amazonas, Julio Lins (20) e Marcello Valle (23) surgem como promessas de renovação de ideias e de como se fazer política. “Não precisamos de políticos novos, não precisamos de novos do mesmo. Precisamos de políticos com nova mentalidade, fazendo uma política com credibilidade e interessante novamente.”, comenta Marcello.
Julio já foi eleito Estudante do Ano pela instituição Students For Liberty em Washington, é líder do Movimento Vem pra Rua e vem mostrando os conceitos da política 2.0 em palestras pelo Brasil inteiro. Com apenas vinte anos, é um jovem de grande influencia no meio político e foi um dos líderes da defesa do Uber na Câmara Municipal de Manaus.
Julio Lins / Divulgação
Marcello incomodou bastante os políticos amazonenses através do Pollítica Sem Balela, blog que ficou conhecido em Manaus por confrontar e intimidar políticos. Pós-graduando em Gestão de Projetos na FGV, Marcello desde os 11 anos de idade já ocupou importantes cargos de liderança e, como reflexo de seu discurso liberal, vem ganhando apoio de importantes empresários do Polo Industrial de Manaus.
Marcello Valle / Divulgação
Questionados sobre o futuro deles na política, Julio afirma que não tem planos confirmados para 2018, mas “a prioridade é a estruturação do Livres (partido político), manter os pés no chão e engajar nossa geração nesse projeto.” Marcello reforça que “estudos e trabalho ainda são prioridades, mas não nego a possibilidade de uma candidatura… Me cobram isso!”