Publicado
8 anos atrásno
Por
Jussara Melo
Em seu discurso desta segunda-feira(29/8), a presidente Dilma Rousseff afirmou ao Senado que o processo contra ela é um golpe de estado. A petista falou para um plenário cheio e que ficou em silêncio por quase todo o tempo. Ao final, foi aplaudida por aliados que gritaram “Dilma guerreira, do povo brasileiro”.
Dilma iniciou o discurso reconhecendo ter cometido erros, sem identificá-los, mas dizendo que não tem entre seus defeitos “deslealdade” e “covardia”.
— Como todos, tenho defeitos e cometo erros. Entre meus defeitos não está deslealdade e covardia. Não traio os princípios que defendo e os que lutam ao meu lado — afirmou.
A presidente afastada lembrou seu passado de luta contra a ditadura militar. Lembrou que, em seu julgamento, ficou registrada uma foto sua de cabeça erguida diante dos julgadores e disse estar da mesma maneira agora. Afirmou que, com esse processo, sente novamente “o gosto amargo da injustiça e do arbítrio”. Justifica a luta pelo mandato como uma defesa da democracia.
— Não luto pelo meu mandato por vaidade ou apego ao poder, como é próprio dos que não têm caráter, princípios e utopia a conquistar. Luto pela democracia, pela verdade e pela justiça — disse.
Dilma citou tentativas de golpe contra os ex-presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck e João Goulart, comparando ao momento atual.
Dilma afirmou que as acusações de crime de responsabilidade são “pretextos”. Destacou o papel do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de ter dado início ao processo e protestou contra o fato de ser julgada antes que a Casa decidisse sobre a cassação do peemedebista. Reclamou que o seu governo foi desestabilizado politicamente, o que teria ampliado a crise econômica.
Ela sustentou a legalidade dos decretos de crédito suplementar, dizendo não ter desrespeitado o Congresso. No caso das pedaladas ressaltou que no âmbito criminal a investigação foi arquivada pelo Ministério Público Federal.
Dilma reclamou do fato de senadores já terem declarado voto contra ela. Afirma que seu direito de defesa não está sendo exercido plenamente quando os votos estão definidos antes que ela o exerça.
Ela fez uma breve defesa de novas eleições, proposta que passou a apoiar na tentativa de conquistar votos no Senado.
Dima chorou
Com a voz levemente embargada, lembrou que esteve diante da morte duas vezes, quando foi torturada por vários dias e quando enfrentou um tratamento de câncer. Disse que agora não tem sua morte, mas a da democracia.
Dilma disse que não terá “rancor” dos que votarem contra ela, mas afirmou que seu afastamento criará um precedente de condenação sem provas.
Confira a sessão de julgamento do Impeachment ao vivo:
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