Dispondo de mais de 100 animais no recinto e com quase 40 anos de preservação de animais da fauna da Amazônia o Mantenedor de conservação de animais silvestres Cariuá, volta a receber estudantes no seu espaço. A engenheira ambiental e proprietária do local, Lenita Alves de Toledo, abre as portas para os acadêmicos de engenharia florestal da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) no dia 03 de novembro para uma visita guiada com o professor e biólogo Rodrigo Fonseca.
Centenas de animais já passaram pelo Cariuá, que já abrigou até leão e avestruz. Muitos foram levados para lá e se tornaram residentes, é o caso da quatá, Priscila,que foi entregue ainda com o cordão umbilical e segue viva e esbanjando simpatia pelo local. Algumas espécies também chegaram a se reproduzir em cativeiro, em plena área urbana, como é o caso das antas que vivem na Reserva Cariuá.
cariuá
“Aqui nós já recebemos animais de todas as formas, deixados pelo circo, mutilados ou apreendidos pelo IBAMA, esses animais que chegam, recebem todo cuidado médico, alimentação e principalmente amor, quando viável nós os preparamos para voltar para seu habitat natural” conta Lenita.
O espaço sempre recebeu estudantes do ensino fundamental, médio e universitários, porém com a pandemia fechou as portas para visitas. Agora dia 03 retorna com a presença dos alunos da UFAM e contando com o direcionamento pedagógico da sua filha, a arquiteta e urbanista Melissa Toledo.
Para Melissa, realizar essas visitas é uma forma de enriquecer o conhecimento desses alunos, explicando o urbanismo, o crescimento da cidade e se questionar para onde vão os animais quando o espaço deles é invadido e o que é feito com eles.
Melissa toledo no cariuá
Além do ensinamento que o biólogo Rodrigo Fonseca dará, com nomes de espécies, comportamentos dos animais em cativeiros, a visita visa ensinar e conscientizar que não se pode ter esses animais de forma ilegal.
“É um absurdo em uma cidade contemporânea urbana, por mais que se tenha antepassados culturais que nos trouxeram hábitos principalmente na gastronomia de nos alimentar de caças e quelônios, ainda recorremos para uso de forma ilegal dessas carnes. Hoje em dia já temos cativeiros legalizados que podem dispor dessa gastronomia” finaliza Melissa.
Concluindo sua especialização em educação ambiental a arquiteta retoma parceria com a sua mãe Lenita que cuida da conservação do mantenedor e Melissa da parte pedagógica, para tratar da questão urbana, seus impactos e consequências.
O mantenedor fica localizado no bairro Aleixo e a visita ocorre seguindo todas as recomendações da OMS e terá um número limitado de alunos.
Quatá Priscila