Nesta semana a revista Veja fez uma matéria com Marcela Temer, esposa de Michel Temer e, logo na manchete, a definiu assim: bela, recatada e do lar. O texto soava elogioso ao fato de Marcela ser discreta, falar pouco e usar saias na altura do joelho. Para boa feminista, meia imposição basta.
Marcela Temer : Bela, recatada e do lar
Fica evidente a tentativa da revista de fazer uma oposição ao estilo visual e comportamental que Dilma representa. Uma mulher bruta, ignorante, fora do padrões de beleza, uma mulher a frente do seu tempo e que paga caro por não se enquadrar nos padrões que se entende que uma mulher pública deva se comportar. A ideia é como se dissessem: mulher boa é a esposa, a primeira dama, a “que está por trás de um grande homem”.
Marcela Temer: bela, recatada e “do lar”
A reportagem causou rebuliço nas redes sociais e logo feministas lançaram uma campanha virtual. Várias estão postando fotos fazendo coisas que a sociedade acredita não serem para uma mulher com a hashtag bela, recatada e do lar.
Há fotos com mulheres bebendo, no bar, trabalhando, com roupas curtas, com o objetivo de mostrar que lugar de mulher deveria ser onde ela escolhe estar.
Como é possível uma pessoa ser tão linda assim?