No dia 30 de dezembro de 2016, a jovem Katelyn Nicole Davis (12), de Cedartown, uma pequena cidade do Estado da Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos, publicou um vídeo ao vivo de cerca de 40 minutos no qual coloca o telefone celular em um ponto fixo em um jardim, amarra uma corda em uma árvore e se despede dos amigos e da família diante da câmera. Bem maquiada e vestida com uma blusa branca e calça jeans, Katelyn diz, entre lágrimas: “Sinto muito não ser bonita o suficiente. Sinto muito por tudo. Eu realmente sinto muito. Mas não posso”. Depois, coloca a corda em volta do pescoço e se pendura.
O vídeo viralizou e deu a volta ao mundo, para o desespero da família. A conta de YouTube de Katelyn foi apagada, mas com o passar dos dias a circulação do vídeo foi aumentando. Partes das imagens são reproduzidas por youtubers que comentam o caso, e o fragmento no qual Katelyn se pendura é publicado em site mórbidos.
O chefe da polícia do condado de Polk, Kenny Dodd, disse ao canal local Fox 5 que, embora tenha recebido uma avalanche de mensagens de todas as partes do mundo pedindo que apague o vídeo da internet, ele não pode deter sua viralização. “Queremos tirá-lo da internet tanto quanto qualquer um da família, e também porque pode ser prejudicial para outras crianças”, disse Dodd em uma entrevista na última quarta-feira (11).
“Contatamos alguns dos sites. Eles perguntaram se têm de removê-lo, e pela lei eles não são obrigados. Mas é uma questão de decência básica, na minha opinião”, acrescentou. O jornal local Rome News Tribune informou que a menina disse em um vídeo de 27 de dezembro que um membro da sua família abusava sexualmente dela. Este vídeo também foi excluído. Contatada, a polícia de Polk se negou a dar mais detalhes sobre o caso.
Katelyn Nicole Davis / Reprodução