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Manaus, AM, domingo, 22 de dezembro de 2024

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Menino do Acre ficou depressivo por sentir-se hostilizado ao voltar para casa

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Depois de passar por um período conturbado após voltar para sua casa em Rio Branco, é com serenidade que o estudante de psicologia Bruno Borges, de 25 anos, tenta explicar todas as reações causadas pelo seu isolamento que durou quase cinco meses e tomou grande repercussão no primeiro semestre deste ano.

Depois de quase 50 dias após ter voltado do isolamento, com 13 quilos a mais, corado e com a barba feita, aos poucos ele tenta retomar a rotina.

Bruno Borges chegou a ficar desidratado, tomou soro e em menos de dois meses conseguiu engordar 13 quilos - Imagem: Reprodução/Fantástico e Tácita Muniz/G1

Bruno Borges chegou a ficar desidratado, tomou soro e em menos de dois meses conseguiu engordar 13 quilos – Imagem: Reprodução/Fantástico e Tácita Muniz/G1

Logo que chegou, debilitado e desidratado, o estudante precisou recorrer ao soro. De 51 quilos, Borges está atualmente com 64 quilos. Ele também voltou a fazer esporte e academia, está ganhando peso, comendo bem e começará aulas de inglês.

Antes de desaparecer por vontade própria, o jovem deixou 14 livros escritos à mão e criptografados, com alguns trechos copiados nas paredes, teto e no chão do quarto. Deixou ainda uma estátua do filósofo Giordano Bruno (1548-1600), por quem tem grande admiração, que custou R$ 10 mil.

Foram quase cinco meses isolado e sem dar notícia à família. No dia 11 de agosto, ele retornou para casa e revela que não estava preparado para lidar com as diversas reações que o seu isolamento e o primeiro livro causaram.

Tímido e introspectivo, o estudante garante que não é adepto dos holofotes, mas acabou sendo protagonista de um dos casos que mais chamaram a atenção nos últimos meses. Para driblar os sentimentos ruins, Borges passou a conversar e absorver as coisas boas que toda a situação acarretou. Porém, ele conta que nos primeiros dias, inclusive, tinha medo de ser agredido na rua.

Agora, Borges tenta se inserir aos poucos na sociedade. Ele relata que é difícil ter contato com muita gente devido ao período em que ficou isolado. O local onde permaneceu durante esses quase cinco meses continua em sigilo pelo jovem.

A mesma exposição que o deixou deprimido diante da opinião pública também foi a motivação para que ele conseguisse novamente ver o lado positivo do projeto que levou quatro anos para ser finalizado.

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Bruno se dedica agora também às publicações dos livros. O segundo volume deve sair no início de novembro. Nos 10 primeiros dias que voltou para casa, fez ajustes e algumas inclusões no primeiro livro, que foi reeditado e já publicado por algumas editoras.

Fonte: G1

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