A necessidade custa caro na Vila Olímpica. O mercadinho montado na saída dos atletas, na zona internacional em que jornalistas e competidores convivem, pratica preços muito acima do normal. É notável que a loja cobra por itens fundamentais, como adaptadores de tomadas e repelentes contra mosquitos, valores até três vezes maiores que os praticados em outros estabelecimentos do Rio de Janeiro.
Uma caixa com dez adaptadores – artigo fundamental, já que a entrada brasileira é única no mundo – e que no mercado normal não sai por mais que R$ 100, custa R$ 200. O preço está escrito a mão em uma etiqueta comum colada na prateleira. Já repelentes de mosquitos, muito úteis em tempos de zika e dengue, também não passaram incólumes à inflação olímpica. Um tubo, que normalmente não custa mais que R$ 20, é vendido na loja por nada menos que R$ 50.
Até julho, os repelentes eram vendidos no mesmo local a R$ 26, mas depois tiveram seus valores reajustados para quase o dobro do preço.
Outros itens que, se não são essenciais, têm grande procura, também são sobretaxados na loja da Vila Olímpica. Um cartão de memória de 32GB, que nas lojas normais custa cerca de R$ 40, sai pelo triplo do preço: R$ 120. E um fone de ouvido comum, cujo preço é de cerca de R$ 20, é vendido a R$ 50.
Integrantes das delegações estrangeiras ficaram espantados com a diferença nos preços dos itens vendidos dentro e fora da Vila. Alguns membros de delegações entravam no mercado e saíam de mãos vazias.
Foto: Marcelo Russio/GloboEsporte.com
Fonte: GloboEsporte.com