Monitoramento da Amazônia está ameaçado por cortes no orçamento - No Amazonas é Assim
Nos Siga nas Redes Sociais
Manaus, AM, quinta, 21 de novembro de 2024

Brasil

Monitoramento da Amazônia está ameaçado por cortes no orçamento

Publicado

no

Na grande sala de integração de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um gupo de engenheiros vestindo jaleco, touca e sapatos especiais, examinam e testam cada um dos equipamentos que planejam enviar ao espaço.

A equipe é composta por brasileiros e chineses analisam o corpo metálico e ainda nu do novo Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, o CBERS 4A.

O lançamento do CBERS 4A previsto para dezembro de 2018, foi adiado para meados de 2019. O motivo é a crise de recursos humanos e financeiros que ameaça paralisar projetos e serviços essenciais do Inpe. Entre eles, o monitoramento da Amazônia e as “previsões numéricas” do tempo, que são a base de toda a meteorologia nacional.

O orçamento real do Inpe encolheu quase 70% nos últimos sete anos, de R$ 326 milhões, em 2010, para R$ 108 milhões, em 2017, corrigidos pela inflação. Já o quadro de funcionários encolheu quase 25% em dez anos.

Para 2018, a tendência é piorar. A proposta do governo é cortar 39% do orçamento de todos os institutos e autarquias ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, incluindo o Inpe e a Agência Espacial Brasileira.

O CBERS 4A é o sexto satélite produzido em parceria pelos dois países. Dotados de câmeras que escaneiam continuamente a superfície terrestre, eles produzem imagens essenciais para o planejamento e monitoramento de safras, gestão de recursos hídricos, planejamento urbano, controle do desmatamento e outras aplicações. As imagens são distribuídas gratuitamente online para milhares de usuários, principalmente do setor agrícola.

O único ainda operacional em órbita, o CBERS 4 tem sua expectativa de vida útil prevista para encerrar agora em dezembro. A partir daí, ele pode parar de funcionar a qualquer momento, deixando o Brasil “cego” no espaço.

Publicidade
Entre no nosso grupo de Whatsapp

O CBERS 4A foi justamente concebido para substituir o CBERS 4 até a concepção da próxima geração de satélites. O projeto do 4A é quase idêntico ao dos CBERS 3 e 4, aproveitando peças sobressalentes para encurtar ao máximo o tempo necessário para colocá-lo em órbita.

Outro projeto ameaçado pelo aperto fiscal é o do Amazonia 1, primeiro satélite de observação da Terra 100% brasileiro, que está em construção no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Inpe. A meta é ter o satélite pronto em janeiro de 2019, mas contratos e licitações que precisam ser feitos com antecedência estão caindo em atraso. Dos R$ 58 milhões previstos no orçamento deste ano, o projeto recebeu só R$ 15 milhões.

Tanto o CBERS quanto o Amazonia são considerados essenciais para que o Brasil não dependa exclusivamente de satélites estrangeiros para monitorar seu território. O Inpe gasta US$ 250 mil por ano comprando imagens dos satélites Landsat (americano) e Resourcesat (indiano), indispensáveis para o monitoramento do desmatamento na Amazônia – complementadas pelo CBERS 4.

Monitoramento da Amazônia está ameaçado por cortes no orçamento - Imagem: Divulgação

Monitoramento da Amazônia está ameaçado por cortes no orçamento – Imagem: Divulgação

Deixe seu comentário aqui embaixo 👇…

Mulher...mãe....apaixonada....webwriter e sócia proprietária do Portal No Amazonas é Assim...E minha história continua ❤

Curta a gente no Facebook

Notícias da ALEAM

Lendas Amazônicas, Urbanas e Folclóricas!

Bora Falar de Direito?

Confira as dicas de direito

Governo do Amazonas

Últimas notícias do Governo do AM

Tribunal de Contas do Amazonas

Últimas Notícias do TCE-AM

Assembleia Legislativa do AM

Últimas notícias da ALE-AM

Entre em nosso Grupo no Whatsapp

Participe do nosso grupo no Whatsapp

Últimas Atualizações