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Manaus, AM, domingo, 17 de novembro de 2024

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Mulher morre depois de ser torturada por um mês, com choques e queimaduras

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Francielle Guimarães Alcântara, de 36, morreu depois de passar os últimos 27 dias sendo torturada pelo marido, Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos, conhecido como “Baianinho”, que trabalha como soldador e agiota, na Rua Cachoeira do Campo, no Bairro Portal Caiobá, em Campo Grande.

A morte de Francielle aconteceu na madrugada desta quarta-feira (26), ela foi estrangulada com uma corda. O rosto da vítima não será mostrado a pedido dos familiares. De acordo com o delegado Camilo Kettenhuber, que atendeu a ocorrência, a vítima foi torturada na frente dos dois filhos, um de 17 anos e um bebê de 1 ano e 8 meses. O adolescente chegou a tentar reanimar a mãe, mas ela já estava morta e o jovem chamou o SAMU (Serviço de Atendimento

O caso chegou até à 6ª Delegacia de Polícia Civil depois que a funerária viu os ferimentos no corpo de Francielle. Adailton, responsável pela morte da esposa, é considerado foragido pela Polícia Civil. Ele foi embora do local do crime por volta da meia-noite de quarta-feira, em uma moto Honda CB 300 de cor preta, não foi mais visto.

Foto: Divulgação

Desde o dia 1º de janeiro desse ano, a Francielle era mantida em cárcere privado, ela não podia sair pra lugar algum e nem falar com ninguém. O adolescente, filho do casal, também era mantido prisioneiro dentro da residência. A Polícia Militar chegou a ir ao local cerca de 3 vezes, mas Francielle, com muito medo das ameaças e torturas que recebia, dizia que estava tudo bem e dispensava a viatura”, explica o delegado.

Segundo a perícia médica, as nádegas de Francielle não tinham nem pele devido à queimaduras dos choques que ela recebia do marido. “Ela usava bandagens nas feridas, encontramos e apreendemos esses curativos. Além disso, ela tinha diversas perfurações de faca pelo corpo, marcas de pancadas na cabeça, teve o cabelo cortado e dentes quebrados pelo marido durante as torturas”, detalhou Camilo.

“Acho que sua mãe morreu”, foi o que ele disse pro próprio filho, de acordo com o delegado. Depois da frase e de ser questionado pelo adolescente sobre o que ele tinha feito, o homem pegou o capacete e foi embora. Nas imagens abaixo, recolhidas pela polícia nesta quinta-feira (27), é possível ver Adailton indo embora da casa e deixando o portão aberto. A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) ficará responsável pelo caso.

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Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

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