Ela, emocionada, com um lindo vestido branco e sendo levada pelo pai em um pequeno bote para o altar. Ele, vestido com terno azul, elegante, ansioso e nervoso, esperando a amada em uma igrejinha de madeira simples no meio da floresta amazônica, na comunidade do Acajatuba, em Iranduba.
Em meio a uma simplicidade, com poucos convidados por conta da Covid-19, e enfrentando o maior fenômeno da natureza (às cheias dos rios). O casal Geovana Oliveira e Fábio Ferreira, após seis meses entre namoro e noivado disseram o tão sonhado: “Sim, aceito!”. Se tornando uma só carne.
A microscopista e o gerente regional de uma empresa de turismo, de 37 anos, conversaram com a equipe do Repórter Manaós e se emocionaram ao recordar da cerimônia realizada no dia 22/05 deste ano.
História de amor
Por conta das subidas do rio Rio Negro, o vigia, Leonardo Oliveira, não podia levar a filha para o altar por terra. Com muito cuidado e delicadeza, levou Geovana Oliveira, de 24 anos, em um bote e a entregou para seu genro, abençoando o casal. A celebração foi planejada e decorada pela mãe e família da noiva.
“A cerimônia toda foi pensada pela minha mãe [dona Neuri Ferreira], cada detalhe foi ela que pensou, eu apenas falei que gostaria de um casamento rustico, e ela e minha família realizaram tudo, e ficou tudo perfeito, muito além do que imaginávamos”, contou a noivinha.
“A minha chegada foi em um bote (como chamamos), por estarmos em período de cheias dos rios, não tinha como chegar de outra maneira a não ser assim, há uns anos atrás minha irmã também chegou assim no seu casamento. Por estarmos passando por período pandemia, não podemos convidar muita gente, apenas parentes mais próximos, e alguns amigos do casal estavam presente”.
Medo
“O casamento foi realizado em uma igreja, sim, embora não pareça, é na igrejinha que frequentamos. Não era um flutuante (risos), por estarmos em um período de cheia dos rios, já esperávamos que a igreja estivesse na água, mas não tanto assim como ela ficou”, relatou Geovana, que contou sobre o medo de remarcar a data.
“A preocupação com a enchente era constante e o medo que a água adentrasse a igreja também e tivéssemos que adiar a cerimônia, com todos os preparativos prontos. Mas, com a ajuda de Deus conseguimos”, lembrou.
Publicidade
Emoção
Lágrimas caíram dos olhos das testemunhas no momento que Geonava, segurando com firmeza a mão de seu pai, entrou na igreja e docemente cantou até ser entregue para Fábio.
“Cantei – Escolhi Te Esperar, da Marcela Taís – e minha irmã me ajudou nas horas que a voz não saia. Ela deu uma improvisada (risos)”, finalizou.
Criador de conteúdo, Editor de Vídeos e as vezes comediante Um amante da fotografia e vídeos cômicos Criando a vida dos meus sonhos um dia de cada vez Você não sabe o quanto eu caminhei… Para chegar até aqui…