Acidentes na AM-010 vão acontecer sempre. A estrada de 266 Kms de extensão e 365 curvas é um perigo para todos que viajam indo e vindo entre as cidades de Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Itapiranga, Silves e moradores de Urucurituba.
O maior acidente rodoviário da história do Amazonas, o acidente do Rio Urubu de 1976, além de ter sido terrível para todos, ficou marcado pelo ataque de piranhas. As piranhas devoraram as vítimas do acidente e no dia seguinte, quando as vítimas foram retiradas do ônibus, estavam desfiguradas.
Ônibus da Soltur sendo retirado da água (Divulgação)
Desde a sua inauguração oficial em 05 de setembro de 1965 a Estrada que já foi Torquato Tapajós – batizada depois como Deputado Vital de Mendonça, já sofreu algumas obras significativas como a sua diminuição de 368 KMs para 266 com o corte em alguns trechos.
O primeiro asfaltamento se deu em meados dos anos 70, no governo do ex-ministro Henoch da Silva Reis que tinha como vice o senador João Bosco Ramos de Lima. O prefeito era o industrial Chibly Abrahim.
Início das obras de construção da Ponte ainda lembram os tempos dificeis de então. (Divulgação)
As vésperas das eleições de 1976 – mais exatamente dia 14 de novembro, o ônibus rodoviário da empresa Soltur – o primeiro com ar condicionado a fazer essa linha, mergulhou nas águas do rio Urubu. Justamente onde hoje é a ponte “Mamoud Amed”.
Ao longo de todas suas existência a AM-010 já sofreu várias avarias, mas nenhuma obra definitiva duradoura.
Abaixo, tem um trecho do documentário da Discovery, sobre o acidente do Rio Urubu ocorrido em 1976.
O documentário está focado no comportamento das piranhas, mas destaca em mais de 60% da produção, o acidente histórico que ceifou a vida de 39 pessoas que viajavam no ônibus da antiga empresa Soltur, que um de seus ônibus da meia noite entrou direto no Rio Urubu, no tempo em que a travessia desse rio era muito perigosa e feita por balsas puxadas a cabo.
O documentário apresenta cenas impressionantes, depoimentos de pessoas da cidade de Itacoatiara e imagens que fazem nos lembrar de um momento trágico de nossa historia.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.