Embora a pergunta não pareça tão clara para uma boa parte da população que acredita na ideia de que, a validade indeterminada descrita no rótulo dos vinhos, significa que ele nunca estará impróprio para o consumo, a verdade é que a esmagadora maioria dos exemplares são produzidos para serem consumidos enquanto frescos.
Se observamos em um filme por exemplo, uma adega antiga no porão de uma casa, repleta de garrafas que parecem tesouros escondidos por séculos, imediatamente para os verdadeiros amantes desta bebida ancestral desperta na mente a vontade de estocar vinho para as próximas gerações. O que a maioria não sabe é que quase 100% dos vinhos disponíveis para o consumidor nos mais variados supermercados e postos de gasolina, não são elaborados para guardar.
Atualmente não há uma grande quantidade disponível dos “vinhos de guarda” no mercado, uma vez que exigem um alto nível de cuidado no processo de elaboração. Comumente são produzidos em escalas pequenas quando comparados às quantidades de vinhos produzidos para consumo “rápido”. Dentre as escassas opções dos vinhos que podem atravessar décadas, estão exemplares como Brunello italiano e o Bordeaux francês, que desde a plantação recebem as especificações necessárias para garantir a longevidade.
Com o clima tropical que envolve nosso país, vinhos guardados por um espaço longo de tempo, facilmente sabotam as expectativas dos aventureiros que imaginam poder adquirir um vinho do porto tawny por exemplo e armazená-lo por décadas e apresentar para aos seus futuros herdeiros.
De modo geral podemos considerar que uma vez guardados em temperatura e ambientes adequados, como em uma adega por exemplo, podemos sugerir um tempo médio indicado para o vinho branco de aproximadamente 2 a 5 anos. Já para os tintos, pode variar de 5 a 10 anos. Vale lembrar que quando observamos no rótulo “validade indeterminada” não significa que será “eterna”.
O tempo ideal para guardar um vinho. Quanto mais antigo melhor?