Polícia

Onça-pintada que nadou horas no Rio Negro estava ferida com tiro

Publicado há

19 horas atrás

2 de outubro de 2025

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A onça-pintada resgatada na tarde da última quarta-feira (1º) em Manaus segue sob observação veterinária após receber os primeiros atendimentos de emergência. O felino, um macho, foi medicado, estabilizado e está em repouso em local seguro, onde permanece em tratamento com uma equipe multidisciplinar de veterinários, biólogos e anestesistas.

Segundo os exames iniciais, a onça apresentava ferimentos graves causados por disparos de arma de caça, com mais de 30 chumbinhos alojados principalmente na região da cabeça e do crânio, o que provocou a perda de dentes e edemas nos olhos e nas orelhas. Apesar da gravidade, o quadro é considerado estável, e a expectativa é de que, após recuperação, a onça possa ser reintroduzida em seu habitat natural.

“Fizemos o nosso melhor junto ao Instituto Laiff, que é referência em onças-pintadas. Agora esse patrimônio da Amazônia segue em tratamento adequado e, se possível, voltará à natureza”, explicou a deputada estadual Joana Darc (UB).

O resgate da onça no Rio Negro

O felino foi avistado por passageiros de uma embarcação que navegava próximo à Ponte Rio Negro, em direção à Praia da Ponta Negra. Ele nadava com dificuldade, visivelmente exausto e ferido.

Uma força-tarefa foi mobilizada e contou com o Batalhão de Policiamento Ambiental da PMAM, a Equipe da deputada Joana Darc, a Secretaria de Estado de Proteção e Bem-Estar Animal (Sepet) e o Laboratório de Internações de Fauna e Floresta (Laiff) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

O resgate foi realizado com sucesso, garantindo tanto a segurança da população quanto a do animal, que imediatamente foi encaminhado para avaliação veterinária e cuidados especializados.

Crime ambiental e alerta

A caça de animais silvestres no Brasil é crime, conforme o Artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), com pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa.

O Batalhão de Policiamento Ambiental reforçou a importância de denunciar práticas ilegais e divulgou canais diretos de contato:
(92) 98842-1547
(92) 98842-1553