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8 anos atrásno
Menos de três meses depois da consumação do Impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a política brasileira pode estar em vias de viver um novo processo dessa natureza. Os líderes da oposição no Congresso Nacional entrarão com um pedido de impeachment de Michel Temer na próxima segunda-feira, em decorrência da suposta pressão do atual presidente ao ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, para que este liberasse um empreendimento imobiliário em Salvador (BA), do qual o agora ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, havia comprado um apartamento.
Segundo informações divulgadas pelo senador Lindbergh Farias, líder do PT do Senado Federal e um dos principais defensores de Dilma durante o processo que a afastou, a oposição já está trabalhando na peça que pedirá o impeachment de Temer e deverá protocolá-la na próxima segunda-feira junto à Câmara dos Deputados.
“Nós tivemos, como todos sabem, uma presidente recentemente afastada sem que tenha cometido nenhum tipo de irregularidade ou crime de responsabilidade, como alegavam. Agora, bem pelo contrário, o crime de Temer está posto. Ele agiu contra um ministro por interesses privados. Isso é grave e o pedido de impeachment é o caminho mais justo para essa situação”, avaliou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
No entendimento da assessoria jurídica da oposição, Temer cometeu o chamado “crime de concussão”, ao se valer do cargo que exerce para supostamente pressionar um dos seus ministros. Este crime consiste no ato de tirar vantagem indevida pelo cargo ocupado. Também há, nesse caso, a chamada “advocacia administrativa”, que consiste no patrocínio de interesse privado dentro da máquina pública.
O estopim do caso foi o depoimento do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, à Polícia Federal, no qual garantiu que foi pressionado por Temer a liberar o empreendimento em Salvador que abrigava um apartamento recém-comprado por Geddel. A crise atingiu em cheio Geddel, ex-ministro da Secretaria de Governo e um dos homens de confiança de Temer, que entregou uma carta de demissão ao presidente na sexta-feira, 25.
Vice-líder do PT, o deputado Paulo Pimenta, do Rio Grande do Sul, garante que o seu partido seguirá analisando minuciosamente o caso e vai acionar os órgãos competentes para a apuração. Pimenta diz que a bancada avaliará qual medida será a mais adequada nesse caso, mas garante que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF) serão chamados para investigar a denúncia que ameaça o governo Temer.
Em sua despedida do governo, Geddel criticou muito o fato de Calero ter gravado uma conversa telefônica com o presidente Michel Temer. “Como um colega pode se dar ao direito de gravar uma conversa dessas? Parece até que foi uma coisa premeditada e armada por ele”, esbravejou. Mesmo fora do governo, Geddel se dispôs a seguir ajudando o presidente e disse que seguirá na vida política.
Alexandre Parola, porta-voz da Presidência, fez questão de tentar esfriar o caso e admitiu que Temer conversou com Calero sobre o empreendimento em Salvador, na Bahia, mas descartou que ele tenha realizado com qualquer tipo de pressão sobre o ex-ministro. Parola garante que Temer “sempre buscou soluções técnicas para licenças em obras ou ações de governo”.
Fonte: Blasting News
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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