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4 anos atrásno
Para oito mulheres amazonenses, a tristeza de receber o diagnóstico de um câncer de mama foi substituída por um sentimento diferente: a garantia de um tratamento rápido e seguro. Depositar a esperança neste grupo é uma iniciativa do Governo do Amazonas, que transferiu, nesta terça-feira (09/02), mais pacientes da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) para realização de cirurgias no Rio de Janeiro.
O grupo de mulheres, com idades de 30 a 60 anos, é acompanhado pela FCecon. Todas necessitam da cirurgia de mastectomia (remoção de mama) para iniciar o tratamento da doença, entretanto, devido à pandemia da Covid-19, o procedimento poderia atrasar caso fosse feito no Amazonas.
As pacientes embarcaram em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB), por volta das 10h30. A medida é uma parceria do Governo do Estado, Governo Federal e Instituto Nacional de Câncer (Inca), local onde as mulheres serão operadas.
Conforme explicou a chefe de Mastologia da FCecon, Hilka Espírito Santo, as pacientes oncológicas têm quadro estável e testaram negativo para a Covid-19. O tempo de permanência no Inca deve ser de uma semana, para em seguida retornarem à capital e continuarem o tratamento.
“Quando se fala em câncer, se fala em tempo. Por conta da pandemia, como as cirurgias foram suspensas, isso ia retardar o início do tratamento delas. Esse foi um mecanismo feito para tentar minimizar esse atraso que elas estão tendo. É um esforço do Governo do Estado, que identificou que os pacientes oncológicos devem ter prioridade no tratamento e nós estamos enviando por isso”, explicou Hilka.
Esperança – A descoberta do câncer de mama foi um choque para a dona de casa Nilza do Nascimento, de 49 anos, uma das pacientes oncológicas a passar pela cirurgia fora do Amazonas. Após um exame de rotina, ela conta que recebeu o diagnóstico da doença em dezembro do ano passado, com chance de cura de 95%.
Nilza aceitou o convite para a cirurgia em outro estado e espera voltar para a família com o câncer praticamente eliminado. “E eu sei que quando tu ‘abre’ uma porta, a porta que tu ‘abre’ ninguém fecha. Eu fiquei um pouco chocada… A gente fica, mas eu estou feliz agora, por essa porta ter aberto para eu ir. Minha família não é daqui, só o meu marido. Eu sou de Santarém (PA), mas estão todos lá torcendo por mim, e eu creio que vou voltar de lá curada, em nome de Jesus”.
A agricultora Cléa Marques, 52, é natural do município de Fonte Boa e sentia os sintomas desde julho do ano passado, mas só descobriu a doença enquanto o marido já enfrentava um câncer de cabeça e pescoço. Em Manaus, ela recebeu todo o suporte da equipe da FCecon e, agora, enxerga a cirurgia como um desafio duplo.
“Eu fiquei triste porque eu já estava cuidando dele e apareceu em mim, mas eu me ajoelhei, pedi muita força de Deus e eu estou superando porque tenho muita fé de que eu e ele vamos ser curados. Estou confiante de que vamos vencer”, disse ela.
Acompanhando a mãe no embarque, Lilian Aguiar, 41, comemorou a ida da mãe, Terezinha Aguiar, 62, para o Rio de Janeiro. Ela relata ter vivido momentos difíceis com a notícia do câncer. “Ficou todo mundo sem chão porque não tinha nenhum caso na família, ela é o primeiro caso, mas sempre muito confiante”, disse.
Emocionada, ela espera receber a mãe de braços abertos no retorno a Manaus. “Na verdade a sensação é de muita alegria. A gente espera que ela possa se recuperar o mais rápido possível, ficar curada. A família toda está muito positiva e a emoção é incontrolável, muito emocionante”.
Segundo grupo – As oito amazonenses formam o segundo grupo de pacientes oncológicos enviados para cirurgia no Rio de Janeiro. No dia 29 de janeiro, oito mulheres embarcaram para a capital fluminense a fim de passarem pela cirurgia de mastectomia. A volta está prevista para esta quarta-feira (10/02).
A gerente de Hospitais e Fundações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Fabiana Maciel, reforçou a importância das transferências intermediadas pelo Governo do Amazonas.
“O governo, muito sensível a todas as causas e preocupado em dar maior qualidade de atendimento para todo o tipo de paciente, viabilizou esse translado dessas pacientes, para instituições que possam dar continuidade no tratamento, tanto ida quanto também da volta, da mesma forma, confortável e principalmente segura”.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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