Polícia
“Passarinho”: Homem confessa ter incendiado colega e ri durante audiência, confira vídeo

Um crime bárbaro chocou o município de Tefé (a 523 quilômetros de Manaus). O jovem Fabrício Nunes, que dividia um imóvel abandonado com outros moradores, foi incendiado enquanto dormia pelo colega de quarto, Douglas, de 30 anos, conhecido pelo apelido de “Passarinho”.
Segundo testemunhas, a desavença entre os dois começou quando Fabrício retornou de viagem e encontrou Douglas e o namorado dormindo em seu quarto. Incomodado, pediu que o casal se retirasse, o que teria dado início a uma série de discussões e ameaças.

Imagem: Reprodução
Na quinta-feira, 4 deste mês, após uma nova briga em que Fabrício teria agredido o namorado de Douglas, o suspeito decidiu se vingar. Ele comprou uma garrafa de gasolina e, aproveitando que a vítima dormia, ateou fogo em seu corpo dentro do casarão abandonado.
Fabrício sofreu queimaduras graves em mais de 70% do corpo, foi socorrido e transferido para o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, em Manaus, onde permaneceu internado na UTI. Após dias de luta pela vida, não resistiu aos ferimentos e morreu. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou ainda um afundamento na parte de trás da cabeça da vítima, lesão não identificada nos hospitais, levantando suspeitas de que mais de uma pessoa possa estar envolvida no crime.
Logo após o ataque, Douglas saiu do imóvel, avistou uma viatura da Polícia Militar e se apresentou espontaneamente, confessando o ato: “Acabei de atirar fogo no marginal, ladrão, vagabundo”. Ele foi preso em flagrante e levado para a delegacia local.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais na quinta-feira (25/9) mostra Douglas, o “Passarinho”, durante a audiência de custódia com o juiz Fábio Lopes Alfaia. Nas imagens, Douglas aparece rindo e relatando com frieza como cometeu o crime.
Logo no início do depoimento, quando questionado sobre como o réu se declara, Douglas responde: “Eu acho que pardo, né? Branco? Nem sei (risos). Desculpe”, diz Douglas rindo ao responder.
Durante o depoimento, Douglas também elogiou o tratamento recebido dos policiais: “Nem me algemaram, porque olharam pra mim e viram a sinceridade e a verdade que eu estava falando. Me trataram super bem, me levaram para a delegacia, depois me deixaram dentro de uma cela, levaram meu café da manhã, meu almoço, minha janta, tudo ok”, disse.
A prisão em flagrante foi convertida em preventiva, e Douglas responderá por homicídio qualificado mediante emprego de fogo.
Nas redes sociais, familiares de Fabrício manifestaram dor e indignação, pedindo justiça pelo crime e cobrando providências em relação ao casarão abandonado. Segundo relatos, este já é o terceiro assassinato registrado no local. “Pedimos que esse casarão seja demolido ou cercado para evitar que outras tragédias aconteçam”, desabafou um parente.
O caso segue sob investigação, e o município de Tefé aguarda respostas das autoridades sobre as circunstâncias do crime e a responsabilização dos envolvidos.