A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) realizou, nesta segunda-feira (6), a Operação Infância Perdida, que resultou no resgate de cinco irmãs, com idades entre 2 e 14 anos, vítimas de abuso sexual pelo padrasto, Ademir Barbosa da Costa, de 50 anos. A mãe das crianças foi presa por consentir com os crimes, enquanto o padrasto permanece foragido.
A ação, conduzida pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), contou com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM) e do Conselho Tutelar da Zona Leste II. As vítimas foram retiradas de um ambiente marcado por abusos, maus-tratos e violência psicológica. Atualmente, elas estão sob os cuidados do Conselho Tutelar, recebendo apoio e assistência.
Fotos: Erlon Rodrigues/PC-AM
Segundo a delegada Juliana Tuma, titular da Depca, a denúncia partiu de uma das irmãs, uma adolescente de 13 anos, que não suportava mais os abusos. A investigação revelou que todas as irmãs eram vítimas, incluindo a mais nova, de apenas 2 anos, filha biológica do padrasto. “Infelizmente, a mãe não só ignorava as denúncias das filhas, como também colaborava com os abusos. Em um dos casos, entregou a filha de 13 anos ao homem como um ‘presente’. Foi um caso de extremo descaso e violência”, afirmou a delegada.
Fotos: Erlon Rodrigues/PC-AM
Em coletiva de imprensa, o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, elogiou o trabalho das equipes envolvidas na operação e destacou a importância de ações como essa para combater crimes contra os mais vulneráveis. Ele reforçou que o padrasto segue sendo procurado. “Estamos trabalhando para localizá-lo e garantir justiça para essas crianças.”
Fotos: Erlon Rodrigues/PC-AM
A conselheira tutelar Ângela Santos, que também participou da operação, informou que as crianças estão recebendo apoio psicológico e serão encaminhadas para um abrigo enquanto se busca por outros familiares que possam acolhê-las.
Fotos: Erlon Rodrigues/PC-AM
A PC-AM solicita ajuda da população para localizar Ademir Barbosa da Costa. Informações podem ser repassadas de forma anônima pelos números (92) 99962-2441 ou 181. A identidade do denunciante será mantida em sigilo.