Polícia
Pelo menos 25 traficantes responsáveis pelo “Novo Cangaço” foram guizados pela PM. Veja fotos dos corpos
Publicado
3 anos atrásno
No último sábado (3), a Polícia Militar de Minas Gerais monitorava movimentações estranhas e de um possível ataque a instituições financeiras em Varginha. O Bope foi acionado durante a noite e em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, houve a abordagem ao grupo durante a madrugada do domingo (31), pegando o grupo ainda destraído e se preparando para a noite do Halloween.
Da ação, o Bope confirmou o número oficial de 25 mortos no confronto todos os envolvidos tinham idades entre 25 e 40 anos. Ainda conforme o Bope, alguns dos suspeitos chegaram a ser socorridos com vida, mas não resistiram. Felizmente nenhum policial ficou ferido na ação.
Os mortos na ação eram participantes de quadrilha especializada em assalto a bancos e têm relação com crimes cometidos contra instituições financeiras em Uberaba (MG), Araçatuba (SP) e Criciúma (SC). Conforme a polícia, a quadrilha se preparava para atacar um centro de distribuição de valores do Banco do Brasil em Varginha (MG). Um vídeo divulgado pela PM mostra o armamento “de guerra” que foi apreendido com a quadrilha.
“Infelizmente 25 criminosos que partiram para o confronto acabaram perdendo a vida, mas eu prefiro que eles percam a vida do que alguns dos nossos policiais. A ideia era fazer a prisão dos indivíduos, porém a partir do momento que eles notaram a presença dos policiais, eles partiram para o confronto e aí justifica-se a importância dos grupamentos especializados”, disse Aristides Júnior, chefe da comunicação da Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais.
É uma ação de guerra. Eles utilizaram armamentos de guerra, que derrubam até aeronaves, muita gasolina, explosivos ou seja, a ideia era fazer uma grande ação aqui em Varginha ou na região e que poderia ter números desastrosos, como já presenciamos em operações anteriores”, Inspetor Aristides Júnior, da PRF.
“Graças à inteligência nós conseguimos antecipar essa ação criminosa, que se tivesse sido levada a efeito, com certeza teríamos muitos danos colaterais, danos materiais e vidas perdidas na cidade de Varginha”, disse o comandante do Bope.
A identidade dos homens mortos na ação ainda não foi divulgada. Conforme o comandante do Bope, as características da quadrilham levam a crer que o grupo seja o mesmo que executou grandes assaltos nos últimos meses no país.
“O Criminoso ele por vezes deixa uma assinatura, seja o modus operandis, o modo dele de agir, o planejamento, a característica dos veículos. No caso ali nós podemos citar as vestes e calçados táticos, coletes, o calibre do armamento utilizado, e inclusive nos explosivos apreendidos em um dos sítios. A nossa equipe de esquadrão antibombas conseguiu localizar essa assinatura nos explosivos, ou seja, a forma de produção dos metalons, a chapa utilizada, o cordel detonante utilizado, isso tudo indica ser a mesma quadrilha”, disse o comandante do Bope.
Ao todo foram apreendidas 26 armas, dois adaptadores, 5.059 munições, 116 carregadores, capacetes à prova de balas, explosivos diversos, 12 coletes balísticos, sete rádios comunicadores, 12 galões de gasolina de 18 litros cada e quatro galões de diesel de 100 litros cada. Entre as armas, havia um ponto 50, além de fuzis e granadas. Pelo menos 12 veículos roubados que estavam com a quadrilha foram recuperados.
A Polícia Militar de Varginha revelou que os suspeitos haviam alugado um sítio na região do bairro rural da Flora para ficarem perto do Batalhão da PM e assim realizarem a ação.
“Foi uma operação conjunta PRF e PM, que resultou em uma apreensão de forte armamento, um grande número de armas de fogo, além também de explosivos, coletes balísticos que eram utilizados por esses infratores. O que temos até agora é que houve essa grande apreensão em que vários criminosos estão sendo socorridos”, explicou a capitão Layla Brunnela da Polícia Militar.
Provavelmente é a maior operação referente ao novo cangaço aqui no país, muitos infratores fariam um roubo a banco e foram surpreendidos pelo nosso serviço de inteligência integrado com a Polícia Rodoviária Federal”, completou a capitão da PM.
“Entraram em confronto com os nossos policiais militares e tiveram a resposta devida. A gente quer evitar a todo momento confronto, não vamos aqui comemorar nenhuma morte, isso não é intenção da Polícia Militar de Minas Gerais nem da Polícia Rodoviária Federal, mas sim, uma ação precisa da nossa inteligência, trabalho conjunto da inteligência da PRF. Ações como essa sempre serão pautadas pela legalidade, a gente só fez aqui responder à altura aquele risco que nossos policiais sofreram”, disse a capitão da PM.
Ainda conforme a polícia, uma carreta que foi apreendida em Muzambinho (MG) faria parte da ação, que aconteceria na noite deste domingo (31). O veículo tinha um fundo falso.
A operação da Polícia Rodoviária Federal recebeu o nome de “Audaces Fortuna Sequitur”. Segundo a polícia, ela recebeu esse nome por fazer referência “à sorte, que acompanha os audazes”. Segundo a polícia, a quadrilha já vinha sendo investigada há alguns meses.
Repercussão
Pelas redes sociais, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e o Ministro da Justiça, Anderson Torre, falaram sobre a ação.
“Em Minas, a criminalidade não tem vez. As forças de segurança do estado trabalham com inteligência e integração para impedir ações criminosas”, disse o governador.
“Mais uma ação de sucesso! Ontem uma grande operação envolvendo a Polícia Rodoviária e o Bope, da Polícia Militar de Minas Gerais, combateram criminosos do ‘Novo Cangaço’ no Sul de Minas. Parabéns pelas forças policiais pela condução da ocorrência. Enfrentar a criminalidade nas ruas é o grande desafio e o diferencial do nosso trabalho”, disse o ministro Anderson Torre.
Apuração sobre as mortes
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pediu uma apuração sobre as mortes. A deputada Andréia de Jesus (PSOL), presidente do colegiado, diz que vai acionar o Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública investigar o caso.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública também acredita que uma investigação deve ser feita para apurar a ação.
“A gente sempre lembra que o policial só é policial porque pode fazer o uso da força e essa força pode chegar a matar outra pessoa, mas isso não se faz desprovido de regras e limites, é preciso entender se nessa operação em Minas Gerais houve um abuso desse limite, ultrapassou-se esse limite para gerar 25 mortes. Como eu disse, é muito raro no Brasil que uma única operação policial tenha como resultado, além da grande apreensão de armas, a frustração de um crime como assalto a bancos como vem acontecendo Brasil afora, o resultado de 25 mortes. É preciso esforço do Ministério Público e das corregedorias das polícias investigar se houve ou não abuso ou houve ou não letalidade policial”, disse o membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Ivan Marques.
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Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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