Você sabia que anualmente pouco mais de 182 milhões de toneladas de areia voam atravessando o Atlântico pela atmosfera e desses, pouco mais de 27 milhões de toneladas caem na Amazônia através das chuvas? O mais incrível é que todo esse material funciona como núcleo de condensação, servindo como combustível para as chuvas e, além disso, alimentando a floresta através dos minerais que a compõe, segundo as informações, o fósforo é um dos principais nutrientes que ajudam a floresta, compensando as percas do solo e alimentando o ecossistema em escala continental.
Poeira são lançadas do Saara para a Amazônia
A NASA divulgou esta semana um vídeo, onde dados coletados pelo lidar instrument on NASA’s Cloud-Aerosol Lidar and Infrared Pathfinder Satellite Observation, de 2007 a 2013, são sobrepostos e o resultado é sensacional. O paper do artigo foi disponibilizado na revista Geophysical Research Letters material publicado on-line por Yu e seus colegas no dia 08 de janeiro nos dados de Sensoriamento Remoto do ambiente, desde a primeira estimativa dos dados de satélites para o transportes global de poeira do Saara para a região da Amazônia Sul-americana.
A animação mostra as grandes variações de particulados de poeira, o vídeo no fim desse artigo mostra com mais detalhes.
Por que existe variação na quantidade de poeira?
Os cientistas acreditam que isso tem a ver com as condições do Sahel, a longa faixa de terra semi-árida na fronteira sul do Sahara. Depois de comparar as alterações no transporte de poeira a uma variedade de fatores climáticos, Yu e seus colegas descobriram uma correlação com a precipitação na região do Sahel no ano anterior. Quando houve um aumento das chuvas no Sahel , o transporte de poeira no ano posterior foi menor, diz.
O mecanismo por trás da correlação ainda é desconhecido, disse Yu. Uma possibilidade é que o aumento da precipitação propicia ao nascimento de mais vegetação e, com isso, temos menos solo exposto à erosão eólica. Uma segunda explicação mais provável, é que a quantidade de chuva está relacionada com a circulação dos ventos, que são os responsáveis por levantar a poeira, tanto do Sahel e do Saara para atmosfera superior, onde ele se mantém em uma longa viagem através do oceano Atlântico.