Publicado
2 meses atrásno
Por
Jussara Melo
Em um caso que chocou o país, sete policiais militares foram filmados em 2010 torturando e atirando a queima-roupa em um adolescente de apenas 14 anos no bairro Amazonino Mendes, Zona Leste de Manaus.
O crime ocorreu em agosto de 2010, quando o adolescente de apenas 14 anos voltava para casa após visitar a namorada e passar por uma lan house. No caminho ele foi abordado pelos policiais, que o agrediram, torturaram e em seguida, dispararam cinco vezes contra ele.
Toda ação dos policiais contra o garoto foi filmada, o vídeo circulou na internet e gerou uma onda de comoção nacional, especialmente porque o garoto estava desarmado e não oferecia qualquer risco aos policiais.
Na época, o adolescente não tinha antecedentes criminais, e o Ministério Público classificou o ato como uma tentativa clara de execução.
O caso foi classificado por grande parte da sociedade como um exemplo de abuso policial e de impunidade. A decisão do tribunal gerou uma onda de indignação nas redes sociais, com muitos questionando como os policiais puderam ser absolvidos diante de provas tão evidentes como o próprio vídeo.
Com o recurso do MP, a expectativa era que o caso fosse reavaliado, e a justiça feita em nome da vítima e de sua família, que até hoje convivem com as cicatrizes do ocorrido.
A época, as imagens de uma câmera de segurança capturaram o garoto, desarmado e vulnerável, sendo brutalmente agredido por policiais, que culminaram na tentativa de execução com cinco disparos no tórax. Mesmo com a gravidade das imagens e as provas contundentes, os dois PMs que foram levados a julgamento, André Luiz Castilhos Campos e Rosivaldo de Souza Ferreira, foram absolvidos nesta semana, após 13 horas de sessão no Tribunal do Júri.
A decisão causou revolta e indignação na população. O Ministério Público do Amazonas (MPE/AM) anunciou que iria recorrer da sentença, argumentando que ela contraria as provas apresentadas, incluindo o vídeo que mostra o adolescente sendo torturado e baleado covardemente. Segundo o promotor Ednaldo Medeiros, “as provas são claras e não deixam dúvidas sobre a participação dos policiais no crime”. O promotor defendeu que a decisão precisa ser anulada e os responsáveis punidos de acordo com a gravidade dos atos.
Decisão revoltante e comemoração de familiares dos réus
Mesmo com as provas explícitas, os jurados responderam negativamente às perguntas sobre o envolvimento dos réus nas agressões e no disparo contra o adolescente. Após a absolvição, os familiares dos policiais comemoraram a decisão. A mãe de André Castilho, Marisa Castilho, afirmou estar magoada com as acusações contra o filho. “Meu filho estava excluído da sociedade, e agora foi feita justiça”, declarou a época.
O advogado de defesa, Glen Wilde, ainda solicitou a liberdade provisória de outros dois policiais envolvidos no caso, Alexandre Souza dos Santos e Marcos Teixeira de Lima, que aguardam julgamento.
Confira o vídeo que mostra o exato momento que os policiais atiram no garoto de 14 anos:
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