A Prefeitura de Manaus fechou vários contratos com empresários presos na operação “Maus Caminhos” deflagrada pela Polícia Federal no mês passado. A quadrilha, que desviou mais de R$ 200 milhões de recursos da saúde, atuava nas secretarias de Saúde do Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus. O esquema foi descoberto inicialmente no Governo e agora aparecem os tentáculos da quadrilha também na Prefeitura de Artur.
Prefeitura Municipal de Manaus tinha contrato com presos pela Polícia Federal (ACrítica)
A edição do jornal A Crítica deste domingo traz documentos que comprovam a atuação dos membros da quadrilha na Secretaria Municipal de Saúde desde 2014 até este ano. São fac-símiles dos contratos firmados entre a Prefeitura e as empresas D De Azevedo Flores e SCT e CIA Ltda, de Davi Flores e Gilberto de Souza Aguiar, respectivamente. Os dois foram presos pela Polícia Federal no dia 20 de setembro e continuam encarcerados na Superintendência da PF em Manaus.
Um dos contratos de 2014 com a empresa de Gilberto de Souza Aguiar, no valor de R$ 1,7 milhão, chama atenção por ser 95% mais caro que o contrato firmado com outra empresa para cuidar do mesmo serviço (vacinadores da campanha antirrábica) no ano de 2013, ao custo de R$ 895 mil.
A atuação dos empresários corruptos na Prefeitura foi denunciada nesta sexta-feira no debate da Band Amazonas pelo candidato a prefeito Marcelo Ramos. Artur negou de imediato e tentou responsabilizar seu ex-secretário de saúde, Evandro Melo, irmão do governador José Melo. Mas Marcelo Ramos o desmentiu e reafirmou que os contratos foram assinados pelo atual secretário Homero de Miranda Leão. Artur duvidou e disse que se fosse verdade, demitiria o secretário. O jornal A Crítica provou que a denúncia era verdadeira.
Prefeitura Municipal de Manaus tinha contrato com presos pela Polícia Federal (ACrítica)