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A professora Soraya Freire de Oliveira, da Prefeitura de Manaus, participou do desenvolvimento de um guia sobre trabalho infantil para educadores e ganhou destaque em matéria publicada no jornal “Estadão”, na última semana. A educadora do 5º ano do ensino fundamental, da escola municipal Thomás Meirelles, foi convidada pela Rede Peteca – Chega de Trabalho Infantil, plataforma que visa a promoção dos direitos da criança e do adolescente a partir da erradicação do trabalho infantil no país, para elaborar um plano de aula a distância.
Com 32 anos de profissão, a professora vinculada à Secretaria Municipal de Educação (Semed) já recebeu nove prêmios, sendo quatro dos Professores do Brasil, três do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) de Educação no Trânsito, um de Incentivo à Educação Fundamental e um Concurso Estadual de Prevenção às Drogas, Tabagismo e Prevenção à Dengue.
Há 12 anos, a educadora da rede municipal desenvolve ações sobre o trabalho infantil. Com o projeto “Diga não ao trabalho infantil”, ela percebeu que um aluno dormia todos os dias na sala de aula e descobriu que o motivo era porque ele ajudava o pai, que era padeiro e saía de madrugada de casa.
Segundo a professora, o “Guia para professores: como trabalhar o tema na escola”, foi dividido em duas etapas, uma com aulas presenciais e outra remota. Para ela, a ação é inovadora e vai auxiliar os educadores em sua atuação.
“O lançamento do guia é de suma importância, porque ele orienta os educadores quanto ao desenvolvimento das atividades pertinentes ao combate da exploração e do trabalho infantil. O guia é apenas uma sugestão para que os colegas educadores possam adaptar as suas diferentes realidades e a partir daí desenvolver esse tema de ordem social importantíssima, que envolve diretamente a questão das crianças em vulnerabilidade social”, explicou.
As atividades das aulas são diversificadas e visam sensibilizar quanto aos malefícios causados pelo trabalho infantil. São realizadas ações como: “Blá! Blá! Blá!”, momento de dialogar com as crianças sobre o tema, apresentação de vídeos sobre a abordagem, suscitando uma reflexão sobre a gravidade do problema que atinge muitas crianças em vulnerabilidade social, concurso de poesia, montagem do cata-vento (símbolo da campanha), dramatização e encontro de pais para sensibilizar sobre a questão.
Aluna do 5º ano, Verônica Franco, 10, participa do projeto desde abril deste ano. Para ela, o aprendizado sobre a temática tem sido muito grande e fundamental para levar para toda a vida.
“Na exploração do trabalho infantil, eu aprendi que as crianças devem ficar na escola não trabalhando, elas têm que ir para a escola de todo jeito. Trabalhamos com a professora o cata-vento, símbolo do projeto. A aula em casa está nos ajudando muito nesse momento de pandemia, pois nós não podemos estar na escola, mas a professora está nos ajudando muito”, disse.
No projeto desde o ano passado, a aluna do 5º ano, Alicia Benício, 11, mesmo em isolamento social, tem se dedicado muito no aprendizado das aulas remotas.
“O aprendizado do plano de aula a distância tem me ajudado a obter mais conhecimento, trocar ideias com minha mãe e a professora. O tema trabalho infantil é importante, assisti a vídeos onde a professora passou atividades para desenhar o símbolo da campanha. Toda criança deve estudar, e é um direito seu, por isso essa ação na escola está sendo muito produtivo”, contou.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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