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Manaus, AM, quinta, 14 de novembro de 2024

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Professora que fez ‘look do massacre’ faz vídeo para se explicar

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A professora que postou o ‘look do massacre’, Lorena Santos, 28 anos, postou um vídeo nas redes sociais para se explicar sobre as postagens que ela fez mostrando um “look especial” para o “dia do massacre”.

Lorena fala que a postagem que ela fez foi “sem noção” e “totalmente inapropriada”, mas fazia parte de uma brincadeira com “humor ácido” diante de uma situação de caos, como são as ameaças a escolas.

Em 20 de abril,  a professora do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Zilda Arns, no Itapoã, postou foto com um “look especial” para o “dia do massacre”. Na publicação, ela acrescenta: “Se eu morrer hoje, estarei belíssima pelo menos”. A data faz alusão ao fatídico massacre cometido em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999. Nesse atentado, dois alunos mataram outros 12 estudantes e uma professora do colégio.

“Então assim, a minha forma de lidar com o caos e as tragédias da minha vida é assim. Não vou mentir, muita gente me acompanha exatamente por este motivo. Porque gostam de ver esse tipo de coisa, de humor, de felicidade, apesar das dificuldades e dos traumas. Então, não vou mentir falando que não sou assim. Sou sim, daquele jeito, aquele tipo de situação, aquele tipo de humor é de mim, e ultrapassa o limite”, disse a professora.

A educadora pediu desculpas pela forma que falou: “Estou passando por todas as consequências, estou encarando tudo. Eu acho que as consequências têm que ser proporcionais”. Para Lorena, as acusações de que estaria incentivando os ataques não fazem sentindo porque “está na linha de frente” e não faria sentindo promover algo contra ela mesma.

“Usar uma roupa confortável”

Em outro stories, ela comenta que a situação de medo é do cotidiano do professor. “Já que a gente se vê de mãos atadas, a gente faz o que dá pra fazer. Não foi diferente com essas ameaças. Já que não dá mais para gritar por segurança, o que que a gente pode fazer? Usar uma roupa confortável, não usar salto…”.

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Ela continua: “Nesse sentido, eu postei fazendo um paralelo àquela brincadeira que a gente faz: ‘Se a gente sofrer um acidente, pelo menos a minha calcinha não pode estar furada’. […] A gente não tem o que fazer mais, a não ser se preocupar com uma coisa banal como a roupa. A gente fica tão indignado que não tem o que fazer que a última coisa que me resta é agir como sempre ajo diante de situações de traumas e perigos. É um tipo de humor ácido”.

“Para enfatizar que estou na linha de frente, sou também uma possível vítima dos ataques, das ameaças e ataques. Nós, professores, não tivemos o privilégio de escolha de não irmos à escola. Os alunos tiveram essa escolha de não irem para escola”, diz a servidora.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu, na manhã da última quinta-feira (20/4), investigação para apurar a conduta da professora Lorena Santos.

Fonte: Metrópoles

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