O amazonense Aldenyr Trindade Fortes, 43 anos, que se considera sósia do astro Silvester Stallone, está lançando o filme “Rambú IV, o clone – a Amazônia é nossa”. O longa-metragem é protagonizado por ele mesmo, que também é conhecido como Rambú da Amazônia. Cerca de duas mil cópias do DVD já foram vendidas em Manaus em menos de um mês.
“O filme é sucesso. Não imaginava tanta repercussão. Logo vamos querer começar a divulgar o filme em outras regiões do país. O Amazonas está ficando pequeno”, disse ele.
Segundo o produtor Rubens Pereira da Silva, o sucesso foi tanto que até a pirataria entrou em cena. “Os camelôs já venderam mais de dez mil cópias. Não temos como correr contra isso. Por outro lado, eles acabam divulgando o nosso trabalho, mesmo que por vias tortas. É isso que queremos.”
Os filmes estrelados por Rambú seguem a linha ‘trash’ e têm uma veia cômica acentuada. “Apesar disso, procuramos mostrar um pouco da preocupação com a Amazônia”, disse Júnior Castro, diretor do trabalho.
O Clone, como é conhecido o mais recente trabalho, fala da história de um cientista que cria um soldado com as mesmas características de Rambú. Inconformado com sua situação, o clone se une a um travesti – morto no filme anterior da série – que é ressuscitado em um culto de umbanda.
Os dois vilões também tentam destruir a Amazônia, mas não conseguem, pois a floresta é protegida pelo Rambú verdadeiro.
Orçamento
Segundo Silva, o filme foi rodado com orçamento de R$ 25 mil. “Chegamos a colocar dinheiro do nosso bolso para terminar a filmagem”. O valor é bem diferente das obras protagonizadas por Silvester Stallone, que costuma alcançar milhões de dólares.
O produtor afirmou ainda que a equipe pretende deixar a linha ‘trash’ para viabilizar mais recursos. “Queremos mostrar mais as belezas da Amazônia. O próximo filme que pretendemos fazer vai mostrar mais a cultura regional. Deixaremos de lado essa característica cômica e seguiremos mais para a aventura.”
Filmografia
Rambú já fez quatro filmes em sua carreira de 18 anos. Dos dois primeiros, no entanto, não há registros e uma campanha está sendo comandada por ele para tentar resgatar imagens dos trabalhos. “Foram feitos em VHS e ninguém tem cópia, nem mesmo eu”, disse.
O filme em questão é o “Rambú, o resgate da princesa”, tem 15 minutos de duração e foi lançado em 1990. A história conta o seqüestro da namorada de Rambú.
O segundo trabalho foi feito em 1992 e tem o título “Rambú II, Rambo contra a galera”. Também tem duração de 15 minutos e mostra a história do resgate de um disquete com informações sigilosas.
O terceiro trabalho do ídolo amazonense foi o “Rambú III, o rapto do jaraqui dourado”, que trata do roubo de um amuleto guardado por uma tribo indígena e que pode proteger a Amazônia da destruição. Tem 30 minutos de duração.
Aldenir Coti, o Rambú da Amazonia