O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, se entregou à Polícia Civil no fim da tarde desta terça-feira (22), na Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro. Ele estava acompanhado da mãe e da namorada.
Mais cedo, a Justiça do Rio havia expedido um mandado de prisão preventiva contra o artista, após ele e amigos impedirem uma operação policial para apreender um menor foragido, identificado como Menor Piu, em sua casa, no bairro do Joá, na Zona Oeste.
Pouco antes, ele havia postado um vídeo afirmando que iria se entregar. Minutos depois, a conta saiu do ar.
“Eu errei. Desculpa aí todo mundo, provar para vocês que não sou bandido”, disse no vídeo. “Vou dar a volta por cima e depois vou vencer através da minha música.”
O pedido de prisão ocorreu após um confronto em uma operação para apreender um adolescente na casa de Oruam, no bairro do Joá, na Zona Oeste do Rio. O rapper e amigos atacaram policiais e impediram o cumprimento do mandado contra o menor, que conseguiu fugir — ele também se entregou na tarde desta terça.
O adolescente, conhecido como “Menor Piu”, se apresentou na 26ª DP (Todos os Santos) e, segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), é apontado como um dos maiores ladrões de veículos do estado e atuava como segurança pessoal de Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos chefes do Comando Vermelho (CV) e “dono” do Complexo da Penha.
Logo após o confronto, Oruam fugiu para o Complexo da Penha e publicou vídeos desafiando os agentes da lei.
Indiciado por sete crimes
A DRE indiciou Oruam por sete crimes:
Tráfico de drogas;
Associação ao tráfico;
Resistência qualificada;
Desacato;
Dano qualificado;
Ameaça;
Lesão corporal;
Apesar das acusações, o rapper mantém sua versão e diz que não faz parte do tráfico, que vive da música e que agora quer provar isso ao público.