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4 anos atrásno
A Construtora Biapó finalizou a requalificação urbanística da Praça Dom Pedro II, que integra o Centro Histórico de Manaus (AM). A inauguração foi realizada no dia 12 de agosto, com a presença do prefeito Arthur Virgílio e representantes da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), durante uma programação cultural, das 18h às 22h, com a apresentação do Quarteto de Cordas Ajuricaba.
Os relatos sobre a presença de sociedades complexas na região, hoje identificada como Amazônia Central, remontam ao século XVI. Por isso, de acordo com o memorial do projeto de arquitetura, o ponto fundamental na obra foi a proteção do sítio arqueológico existente.
Detalhes do restauro
A partir de agora, a população pode reencontrar-se com sua história. O chafariz e o coreto apresentavam estado de corrosão e degradação avançado devido ao logo período de exposição às intempéries. Para recuperar os elementos estruturais e prolongar a vida do bem cultural, ambos receberam tratamento anticorrosivo e pintura especial, realçando detalhes dos elementos artísticos do coreto e do conjunto escultório do Chafariz das Musas, que voltou a funcionar abrilhantando o local.
As lâmpadas dos postes do tipo Cajado de São José foram substituídas por LED, por serem mais resistentes, econômicas e possuírem vida útil maior que as de vapor e incandescentes. Também constam no projeto ações de sinalização e mobiliário urbano, com instalação de lixeiras do mesmo modelo já usado na Praça XV de Novembro e proposto para o entorno do Mercado Municipal Adolpho Lisboa.
O passeio recebeu paginação em pedra carranca, e vários trechos foram marcados por círculos em granito preto, que tiveram como função sinalizar os locais que, com base em pesquisas anteriores e no projeto de requalificação, foram identificados como remanescentes arqueológicos, testemunhos das práticas mortuárias das sociedades complexas que ali viveram em tempos remotos, anterior ao Tratado de Tordesilhas, e depois anexado pela Coroa portuguesa.
Isso porque a praça foi construída sobre um cemitério indígena, cujos remanescentes, descobertos no final do século XIX, levaram ao registro do Sítio Arqueológico Manaus pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan), na década de 1960. Com as novas descobertas dos trabalhos de arqueologia, em especial os realizados pela Biapó em outra obra da construtora, a da antiga Câmara de Vereadores, o sítio arqueológico foi ampliado, dando origem a um novo setor. Todas as intervenções recém-realizadas foram acompanhadas por equipes especializadas, seguindo as recomendações do Iphan, a fim de garantir a proteção do patrimônio arqueológico às gerações futuras.
Com jardins em formato orgânico, rompendo as linhas retas e a simetria características do estilo francês, a proposta de transformar a praça em um oásis no meio da cidade foi finalmente concretizada. Agora o espaço se materializa em um lugar de encontro, descanso e contemplação, permitindo ainda mais segurança a usuários, conforto e acessibilidade.
A obra realizada pela Biapó foi licitada pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb).
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