Publicado
2 meses atrásno
Por
Jussara Melo
Nesta segunda-feira (21/10), o Ministério Público de Santa Catarina afirmou que o laudo cadavérico feito na bebê de 8 meses retirada do próprio velório, em Santa Catarina, após os bombeiros constatarem que Kiara Crislayne de Moura dos Santos apresentava batimentos cardíacos fracos, mostrou que não havia sinais vitais na cerimônia de funeral.
O documento, feito em caráter de urgência em resposta ao pedido do órgão, aponta diversas razões para explicar os batimentos e a temperatura corporal, mas é sigiloso por envolver menor de idade, informou o MP, que apura se houve negligência no atendimento à vítima.
O caso aconteceu no sábado (19), quando Kiara Crislayne era velada em Correia Pinto, na Serra. Na ocasião, familiares notaram que a temperatura corporal da menina se mantinha e chamaram o socorro. A funerária que fez a cerimônia afirmou que ela havia mexido a mão durante o velório.
Acionados, os bombeiros a examinaram com um estetoscópio e informaram que a menina tinha batimentos fracos. A corporação fez um teste nas pernas da bebê, e elas não apresentavam rigidez. No entanto, ela tinha pupilas contraídas e não reagentes e edemas no pescoço e atrás das orelhas.
Divulgado no fim da manhã nesta segunda, o laudo descartou a possibilidade de ela ter apresentado sinais vitais reais durante a cerimônia, segundo o MPSC. Com isso, a confirmou que ela morreu por volta das 3 horas da manhã de sábado, conforme consta no atestado de óbito emitido pelo hospital.
“O documento é sigiloso por se tratar de uma criança, mas o médico legista aponta diversas razões possíveis para a percepção de calor e leituras de pulso e saturação no oxímetro durante o velório”, afirma o Ministério Publico.
O MPSC agora aguarda a conclusão de outro laudo, chamado de anatomopatológico, para saber a causa da morte e se houve negligência no primeiro atendimento médico. O documento deve ser divulgado em 30 dias.
O Corpo de Bombeiros Militar foi chamado perto das 19h de sábado no velório da criança. Ao chegar, um farmacêutico estava no local usando um oxímetro infantil e disse verificar sinais de saturação de oxigênio e batimentos cardíacos na criança.
Os bombeiros também examinaram a criança e notaram que havia batimentos fracos nela. Além disso, a corporação fez um teste nas pernas da bebê, e elas não apresentavam rigidez. Por outro lado, bebê tinha pupilas contraídas e não reagentes, além de edemas no pescoço e atrás das orelhas.
A criança, então, foi levada novamente ao hospital onde havia sido declarado o óbito. Conforme os bombeiros, ao chegarem ao local, foram feitos novos testes de oxigênio e batimentos cardíacos, que resultaram em 84% a saturação de oxigênio e 71 batimentos por minuto.
Em seguida, foi feito exame de eletrocardiograma, que não detectou sinais elétricos.
Entenda o caso
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