Rio Negro volta a subir em Manaus após recorde de seca: "Repiquete" pode explicar - No Amazonas é Assim
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Manaus, AM, quinta, 21 de novembro de 2024

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Rio Negro volta a subir em Manaus após recorde de seca: “Repiquete” pode explicar

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O nível do Rio Negro, em Manaus, começou a subir novamente após atingir o recorde histórico de 12,11 metros, o nível mais baixo já registrado desde o início do monitoramento em 1902. Após três dias de estabilidade, o rio subiu dois centímetros, com elevações de um centímetro no domingo (13/10) e outro nesta segunda-feira (14/10).

Esse aumento repentino pode ser sinal do fenômeno chamado “repiquete“, típico da Amazônia, em que os rios oscilam de forma imprevisível, subindo e descendo em um efeito semelhante ao de uma sanfona.

Na quinta-feira (10), o nível do Rio Negro havia se estabilizado após 104 dias consecutivos de queda. Antes disso, em 3 de outubro de 2024, o rio havia registrado a marca de 12,68 metros, um novo recorde de seca para Manaus. Este foi o segundo ano consecutivo em que a cidade enfrentou a pior seca de sua história, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Estiagem severa – Imagem Jussara Cury/CPRM

Seca antecipada e impactos no Amazonas

A seca deste ano começou antes do previsto no Amazonas, com o nível dos rios começando a descer de forma consistente a partir de 28 de junho, enquanto normalmente o fenômeno se inicia nas últimas semanas de junho ou nas primeiras de julho.
Devido à gravidade da estiagem, a Prefeitura de Manaus decretou estado de emergência por 180 dias e interditou a Praia da Ponta Negra, já que o rio ultrapassou a cota mínima de segurança de 16 metros.

Seca Afeta Todo o Estado

A crise hídrica não afeta apenas Manaus. Todos os 61 municípios do Amazonas também enfrentam estado de emergência por causa da seca. No Rio Solimões, em Manacapuru, o nível chegou a 2,06 metros no sábado (12), a menor marca da história, subindo um centímetro no domingo, mas se mantendo estável na segunda-feira (14). Em Tabatinga, no Alto Solimões, a situação foi ainda mais crítica, com o rio registrando uma cota negativa de -2,54 metros no final de setembro.

Estiagem severa – Imagem Jussara Cury/CPRM

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