Publicado
1 dia atrásno
Por
Jussara Melo
Está perto de ser esclarecido o mistério sobre quem teria envenenado o bolo que intoxicou 6 pessoas da mesma família em Torres, no litoral do Rio Grande do Sul, em dezembro do ano passado. Sendo que 3 pessoas já morreram e as outras 3 estão internadas.
Análises preliminares feitas no hospital, divulgadas na última sexta-feira (27/12), identificaram a presença de arsênio em concentrações altíssimas no sangue de uma das vítimas e de dois sobreviventes. A substância tóxica pode ter causado a morte das três pessoas.
A mesma substancia foi encontrada em um das amostras de farinha da casa onde o bolo foi feito.
O delegado do caso, Marcus Vinícius Veloso, da Policia Civil do Rio Grande do Sul, informou que após a perícia feita no alimento ingerido pela família, todas as suspeitas apontam para Deise Moura dos Anjos, é nora de Zeli dos Anjos, de 60 anos, que preparou o bolo e também é uma das vítimas que está internada.
De acordo com informações, um relatório preliminar dos dados extraídos do telefone de Deise mostra que houve “busca na internet, inclusive no Google shopping, pelo termo arsênio e similares”.
Em novembro de 2024, Deise fez pesquisas sobre a substância. A investigação segue em andamento, e a motivação não foi informada pelos investigadores porque, segundo a polícia, isso pode atrapalhar a investigação.
Deise foi presa no último domingo (5/1) e é investigada por triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. Ela passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (6/1) e a Justiça decidiu que a investigada permanecerá presa por 30 dias no Presídio Estadual Feminino de Torres.
Em nota, a defesa de Deise diz que “não teve acesso integral a investigação em andamento, razão pela qual se manifestará em momento oportuno”.
Três pessoas morreram após consumir o bolo: as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva e a filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos.
Deise Moura dos Anjos é casada com o filho de Zeli dos Anjos há cerca de 20 anos, de acordo com familiares. Eles moram em Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ainda de acordo com pessoas próximas da família, Deise teria uma relação conturbada com a sogra desde o início da relação.
Em um perfil profissional de rede social, Deise afirma ser especializada em contabilidade, com experiência em escritório contábil, empresas do ramo imobiliário, logístico e hospitalar.
O delegado Marcus Vinícius Veloso, responsável pela investigação, afirmou em coletiva de imprensa nesta segunda de que são “robustas as provas que apontam que ela [Deise Moura dos Anjos] é a autora [dos crimes]”. No entanto, não divulgou detalhes das provas, inclusive o motivo para o crime, porque isso pode atrapalhar a investigação.
“Ela teve a intenção de cometer o crime. Foi um crime doloso”, afirma o delegado Veloso.
A Polícia Civil investiga, ainda, quem era o alvo de Deise ao envenenar o bolo, como ela obteve arsênio e em que momento ele foi colocado na farinha.
As autoridade informaram que sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, durante um café da tarde, quando começaram a passar mal. Apenas uma delas não teria comido o bolo. Zeli, que preparou o alimento, em Arroio do Sal e levou para Torres, também foi hospitalizada.
Três mulheres morreram com intervalo de algumas horas. Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória, segundo o hospital. Neuza Denize Silva dos Anjos teve como causa da morte divulgada “choque pós-intoxicação alimentar”.
Arsênio é um elemento químico liberado no ambiente de maneira natural ou pela ação do homem e componente usado na fabricação de alguns pesticidas. A exposição a arsênio pode causar intoxicação alimentar e reações similares a alergias, câncer em caso de exposição recorrente, e até morte.
De acordo com a Polícia Civil, o ex-marido da sogra de Deise, morreu em setembro por intoxicação alimentar. Na época, a morte não foi investigada pela polícia, por ter sido considerada natural. Agora, a polícia abriu inquérito sobre o caso e pediu a exumação do corpo.
“Vamos exumar o corpo deste senhor para verificar se houve envenenamento também”, explicou o delegado Marcos Vinícius Veloso.
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