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Manaus, AM, sexta, 10 de janeiro de 2025

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Serial Killer: Nora suspeita de envenenar bolo é assassina em série, diz polícia

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Autoridades policiais que investigam o caso do bolo envenenado com arsênio, acreditam que a ação criminosa seja fruto de assassinatos em série. Deise Moura dos Anjos, de 39 anos, investigada por envenenar um bolo com arsênio em Torres (RS), seria uma Serial Killer, de acordo com a polícia, que afirma que ela tenha cometido assassinatos em série. Após a morte de três familiares causada pela ingestão do bolo contaminado.

Ainda de acordo com as investigações, também foi constatada a presença da substância tóxica no corpo do sogro dela, morto em setembro de 2024, segundo informações da perícia. De acordo com os investigadores, Deise tentou ocultar provas após a morte do sogro e quis cremar o corpo dele, com esse objetivo. A informação foi confirmada em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10/1), onde foi informado o resultado da exumação do corpo do sogro de Deise.

A delegada do caso, Sabrina Deffente, Deise teria feito pesquisas sobre a substancia mortal e premeditado todo o crime. “Ela (Deise) pesquisou, comprou, recebeu e usou o veneno para matar pessoas”, disse a delegada.

“A gente não tem dúvida de que se trata homicídios e tentativas de homicídios em série. Durante muito tempo, ela não foi descoberta e tentou apagar provas que pudessem levar à atribuição de culpa a ela”, acrescentou a delegada.

Deise pesquisou por venenos até descobrir a existência da água-tofana, variedade usada por mulheres para matar os maridos no século XVII, afirmou a delegada do caso. A investigada buscou pelos componentes deste veneno e chegou ao arsênio, substância usada nos crimes que é suspeita de ter cometido contra os membros da própria família.

O delegado titular da Polícia Civil de Torres, Marcos Vinicius Veloso, afirmou que Deise se referiu à sogra como “naja” em depoimentos prestados às autoridades policiais. “Uma postura fria, com uma reposta sempre na ponta da língua, tranquila”, descreveu o delegado sobre o comportamento de Deise.

Imagem: Reprodução

Seis pessoas da mesma família envenenada com um bolo

Na tarde do dia 23 de dezembro, seis pessoas da mesma família passaram mal depois de comerem um bolo durante um café da tarde.  O caso aconteceu no município de Torres, no litoral do Rio Grande do Sul. Segundo informações da Polícia Civil, o alimento foi preparado em Arroio do Sal, cidade vizinha, por uma mulher identificada como Zeli dos Anjos, de 60 anos.

Quem são as vítimas de envenenamento ?

Logo após darem entrada no hospital, três pessoas morreram. As vítimas foram identificadas como: Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, 59 anos, irmãs de Zeli, além de Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos, filha de Neuza. Segundo informações divulgadas em boletim médico, Zeli recebeu alta hospitalar na manhã desta sexta-feira (10/1).

O marido de Maida e uma criança de 10 anos também comeram a sobremesa, foram hospitalizados e já tiveram alta.

Veneno encontrado

A perícia encontrou “concentrações altíssimas” de arsênio no bolo, superiores a 350 vezes ao mínimo para o envenenamento. Também foi constada a presença da substância tóxica em quantidades equivalentes a 2.700 vezes do total contabilizado na sobremesa.

Imagem: Reprodução

Descoberta nova vítima

A morte de Paulo Luiz dos Anjos aconteceu em setembro do ano passado e, na época, foi atribuída a uma intoxicação alimentar. No entanto, após o falecimento de outras três pessoas na família pela ingestão de um bolo contaminado, investigadores levantaram a hipótese de que ele também teria sido morto por envenenamento, confirmada pela perícia.

Deise tentou ocultar as provas após a morte dele, que também ingeriu arsênio. Segundo informações de dados celulares, revelados pela Polícia Civil nesta sexta-feira, ela tentou cremar o corpo do sogro e criar a narrativa de que ele teria consumido bananas contaminadas por uma enchente no município de Canoas (RS), onde a família tinha uma casa.

A delegada Sabrina Deffente afirma que ao ter a tentativa de cremação frustrada, Deise teria comentado com a sogra que o marido estaria “muito deprimido” com a morte do pai e que estaria se culpando por, supostamente, ter levado as bananas. Ela teria pedido para que não fossem feitas novas análises laboratoriais no corpo para a descoberta da causa do falecimento do sogro.

“Acho que precisamos rezar mais, aceitar mais, e não procurar culpados onde não tem, não nos momentos em que Deus nos reserva, e isso, sim, não tem volta, nem polícia, nem perícia que possa nos ajudar a desvendar” , dizia Deise em mensagem para a sogra.

A nora, Deise foi detida no último domingo e teve a prisão temporária decretada pelos próximos 30 dias. Ela foi encaminhada para o Presídio Estadual Feminino de Torres. Com o esclarecimento das circunstâncias da morte do sogro, ela poderá ser acusada por quatro homicídios dolosos qualificados, além de outras três tentativas de homicídio.

Imagem: Divulgação

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