Publicado
7 anos atrásno
Por
Romário Vieira
No município de Pauini, no Sul do Estado do Amazonas, professores da rede estadual de ensino de duas escolas públicas da cidade seguem cronograma de greve geral que foi deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (SINTEAM) na última quinta-feira, 22 de março em todo o Estado.
Em Pauini, não foi diferente, os docentes aderiram à greve iniciando-a com uma caminhada pelas vias públicas, na sequência concederam entrevista à emissora de rádio comunitária da cidade. Foi feito ainda a distribuição de panfletos, além de realizarem uma audiência pública no prédio do poder legislativo municipal.
Nesta quarta-feira, 28 de março, os professores realizaram uma passeata com buzinaço pelas ruas da cidade.
Além de melhorias salariais, os profissionais da educação de Pauini reivindicam melhores condições de trabalho para os mesmos e demais servidores da educação, construção de uma nova escola estadual na sede do município, com pelo menos dez salas de aulas,reforma imediata da estrutura física da escola (Frei Mário Sabino), cobertura da quadra de esporte da Escola Estadual Frei Mário Sabino.
As reivindicação para o Estado do Amazonas : aumento de auxílio alimentação (sodex), extensão de atendimento do plano de saúde (HAPVIDA), para os servidores do interior do estado, reajuste da data-base, vale transporte integral, sem o desconto de 6% no contracheque, reajuste do auxílio localidade de R$ 30 para até R$ 1mil, progressões horizontais e verticais e revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração.
A matéria seguinte foi postada pelo SINTEAM, hoje a tarde, após reunião com representante do governo :
O governo do Estado apresentou na tarde de hoje sua contra-proposta de reajuste salarial para os trabalhadores da rede estadual de ensino, em greve desde a última segunda-feira.
Representando o governador Amazonino Mendes, o secretário executivo da SEDUC, Marcelo Campbell, propôs 14,57% de reajuste. Além disso, o governo pretende pagar um abono de um salário (de acordo com a carga horária) em quatro parcelas – julho, agosto, outubro e dezembro.
Os 4,57% seriam pagos imediatamente e os 10% restantes seriam escalonados ao longo do ano, até dezembro, de acordo com a arrecadação do Estado. De acordo com Campbell, para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O comando de greve, liderado pelo SINTEAM, também apresentou a proposta da assembleia geral da categoria do dia 22 de reajustar o Vale-Alimentação de R$ 220 para R$ 600 e equiparar com o mesmo valor concedido para os servidores da Polícia Militar. O governo propõe reajustar para R$ 420 para todos os trabalhadores da SEDUC.
Os demais pontos de pauta avançaram nas negociações anteriores. Plano de saúde mantido, vale transporte integral, sem o desconto de 6% no contracheque, reajuste do auxílio localidade de R$ 30 para até R$ 1mil, progressões horizontais e verticais e revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração serão cumpridos, de acordo com Campbell.
Próximos passos
Agora, o próximo passo é levar a contra-proposta para a categoria, em assembleia geral, que deve acontecer na semana que vem, e decidir se os trabalhadores aceitam.
Se aceitarem, a greve encerra. Senão, a paralisação segue.
Pelo menos 80% das escolas da rede estadual estão sem aulas em todo o Amazonas.