Polícia
Suspeito da morte do psicólogo é preso no Centro de Manaus

A Polícia Militar do Amazonas prendeu, no último sábado (20/9), em Manaus, José Carlos de Souza Neto, de 33 anos, suspeito de envolvimento no assassinato do psicólogo Manoel Guedes Brandão Neto, de 40 anos. O corpo da vítima foi encontrado por uma pessoa em situação de rua em uma área de mata no Centro da cidade, apresentando sinais de estrangulamento e mordidas, segundo a perícia criminal.
De acordo com as autoridades, José Carlos foi capturado nas proximidades da feira da Manaus Moderna, após familiares da vítima reconhecê-lo circulando pela região e acionarem os policiais da 24ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom). O suspeito foi encaminhado à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), onde deve prestar depoimento.
Antes da prisão, José Carlos teria procurado uma residência acreditando que era a casa da irmã do psicólogo. Ele disse à moradora que queria falar com a família para negar envolvimento no crime. A mulher avisou a irmã de Manoel, que comunicou à polícia, ajudando a localizar o suspeito.
O caso já tinha levado à prisão de outras duas pessoas: Adenilson Medeiros, de 18 anos, conhecido como “Bisteca”, e um homem identificado apenas como “Loirinho”. A polícia informou que as investigações continuam para esclarecer a motivação do assassinato e identificar outros envolvidos. Novas prisões não estão descartadas.

José Carlos de Souza Neto, 33 anos, foi detido próximo à Manaus Moderna; outros dois envolvidos já estavam presos. Polícia investiga motivação e não descarta novas prisões. – Imagem: Divulgação
O crime
Manoel Guedes estava desaparecido desde a madrugada de 20 de julho, depois de sair de uma festa junina. Imagens de câmeras de segurança, registradas por volta das 6h15, mostram o psicólogo passando em frente a uma lanchonete e atravessando a rua, momentos antes de desaparecer.
O corpo foi encontrado debaixo de uma árvore, em uma área de mata nos fundos do antigo prédio da Cadeia Raimundo Vidal Pessoa, na Avenida Lourenço da Silva Braga, no Centro. A área foi isolada pela PM e uma equipe do Samu confirmou o óbito no local.
Na ocasião, a família informou que Manoel carregava apenas o celular e não tinha dinheiro, levantando hipóteses de latrocínio ou crime motivado por homofobia, já que ele era homossexual.