Polícia
Tio esfaqueia sobrinha após ser chamado de corno por ela
Uma adolescente de 14 anos, que estava desaparecida desde de ontem em Itapira, foi encontrada morta e enterrada na zona rural da cidade, em um canavial. O tio da vítima, um pedreiro de 39 anos, confessou a autoria do crime. O boletim de ocorrência sobre o sumiço da menina foi registrado anteontem, 21, e, horas depois, o corpo dela foi localizado pela Polícia Civil. O acusado alegou que assassinou a própria sobrinha porque a mesma teria zombando dele, chamando-o de “corno”.
Dizendo-se humilhado pela adolescente, por conta de estar vivenciando uma crise matrimonial, o homem contou que, em determinado momento, apoderou-se de uma faca de cozinha e desferiu dois golpes no peito da garota.
A menina já estava desaparecida a quase 24 horas quando o boletim de ocorrência foi registrado pela mãe. Segundo ela, ao sair para trabalhar, a garota estava em casa. Quando retornou, a jovem não estava mais na residência e não deixou qualquer bilhete ou indicação de onde estaria.Preocupada com a filha, a mãe procurou a delegacia para comunicar o fato. Imediatamente foi iniciada uma investigação paralela às buscas pela desaparecida.
De acordo com a corporação, a polícia recebeu uma denúncia anônima apontando o tio como suspeito.
Foi ele que, após ser abordado, levou os agentes até o canavial, localizado próximo à região do recanto Jacuba, à beira de uma estrada vicinal que liga a cidade à Mogi Guaçu.
O corpo da adolescente estava enrolado em um saco plástico e tinha ao menos duas perfurações no tórax, que podem ter sido feitas com uma faca. Equipes da perícia da Polícia Civil foram ao local e coletaram materiais que podem ajudar nas investigações.
O carro do acusado pelo homicídio da garota, um Del Rey, foi apreendido, porque ele teria sido usado para levar o corpo da vítima até o local onde foi enterrado. Os pais da adolescente ainda serão ouvidos e a Polícia aguarda o resultado dos exames periciais.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e não há informações sobre o sepultamento. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itapira como homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver, porque a menina não teve a chance de se defender e o motivo foi fútil.
Foto: Reprodução
